O ministro da Educação, Fernando Haddad, vai deixar o ministério na próxima semana e será substituído pelo atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante (acima). O lugar de Mercadante será ocupado pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Raupp. As mudanças foram confirmadas ontem (18) pelo Palácio do Planalto.
Haddad deixa o governo para concorrer à prefeitura de São Paulo. Em nota, o ministro é elogiado pelo trabalho à frente do MEC, que comanda desde 2005, ainda no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma Rousseff agradeceu "o empenho e a dedicação do ministro Haddad à frente de ações" que, segundo a nota, "estão transformando a educação brasileira" e desejou a ele sucesso em seus projetos futuros. Da mesma forma, ressalta o trabalho de Mercadante e Raupp nas atuais funções, com a convicção de que terão o mesmo desempenho em suas novas funções”, diz a nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Haddad, Mercadante e Raupp estarão na primeira reunião ministerial de 2011, marcada para segunda-feira (23). No mesmo dia, Haddad ainda comandará a cerimônia que marcará a meta de 1 milhão de bolsistas atingida pelo Programa Universidade para Todos (ProUni).
As exonerações e nomeações serão publicadas no Diário Oficial da União de segunda (23) ou terça-feira (24). A posse e transmissão dos cargos estão previstas para terça-feira.
Haddad, candidato de Lula (e por consequência, do PT paulistano) à prefeitura de São Paulo, ficou célebre pelas inúmeras trapalhadas envolvendo o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), de responsabilidade do Ministério da Educação. Vazamento de questões, provas roubadas, patrulhamento ideológico e contratações sem licitação são apenas algumas das enrascadas nas quais meteu-se Haddad.
O PT há tempos sonha com a possibilidade de "tomar São Paulo" do controle de tucanos e aliados. Haddad é um poste, mas ainda é a melhor aposta do PT (Marta Suplicy, por exemplo, é mais rejeitada que Maluf). Os caciques petistas acreditam que o câncer de Lula poderá tornar o ex-presidente o cabo eleitoral por excelência, capaz de eleger este poste.
Tudo irá bem até que José Serra decida ser candidato este ano (Aécio Neves reza todas as noites por esse milagre!), abrido caminho para a sonhada aliança Aécio Neves/Eduardo Campos na corrida presidencial de 14. Pesquisas encomendadas pelo PSDB paulistano mostram a possibilidade de Serra liquidar a fatura no primeiro turno. Os números foram mostrados para Serra que decidiu "refletir" sobre os mesmos. Ou seja, até junho fortes emoções nos esperam!
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