Como se não faltassem problemas quando o assunto é segurança pública no Pará, o estado amanhece tendo que conviver com uma greve de policiais militares. Na assembleia geral de ontem (18), bombeiros e PM's acertaram que participariam de mais uma rodada de negociações com o Governo do Pará, mas algumas guarnições já entraram em greve desde esta madrugada. Até o momento, os oficiais da 10ª zona de policiamento; 21º batalhão de policiamento de Marituba; 25ª zpol de Benevides; 6º batalhão de Ananindeua e seccional da Cremação já estão em greve.
Segundo o Sargento Aelton Costa, a paralisação vai começar após a decisão geral da assembleia, mas alguns oficiais já aderiram a greve. "Nós mantemos a decisão tomada em assembleia hoje que é a de reunir em frente ao CIG com oficiais e praças para reivindicar o cumprimento da pauta. Mas infelizmente não podemos controlar todos os colegas que decidiram radicalizar o movimento".
Escaldados pela tática de "vencer pelo cansaço" utilizada por Jatene contra os professores, os militares pretendem recusar rapidamente os 14% oferecidos e manter a exigência de 100% escalonados (eles apresentaram uma tabela que prevê reajustes diferenciados entre as patentes da Polícia Militar).
Ao contrário dos professores, armados com pedaços de giz e alguma ideologia torta na cabeça, os policiais militares foram uma tropa considerável e, perigo dos perigos, armada. Os professores fizeram pichações nos cartazes de Jatene, os PM's podem causar danos bem maiores.
Haja "mãos e corações" para conseguir comover os corações dos líderes da tropa. Talvez os corações possam ser enternecidos, mas, o bolso, órgão mais sensível do ser humano, não ficará comovido pelo palavrório vazio de Jatene e corriola. Será preciso que o "vil metal" seja colocado sobre a mesa para resolver o problema.
Espera-se que, desta vez pelo menos, o Governo do Pará mostre alguma competência para negociar (ou implodir o movimento, tanto faz) com brevidade, porque como se sabe, os bandidos ainda não decidiram fazer greve. Esses continuam cada vez mais atuantes apesar do discurso oficial.
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