26 de dezembro de 2011

O governo do Pará declara "guerra" contra Belo Monte! E tu não vais te alistar, "caboco"?


Atenção, atenção! Alistem-se rapidamente! Estamos em guerra!
Este "país que se chama Pará", acaba de declarar guerra à Belo Monte!
Hehehehe...
Nada mais interessante que ver tucanos, tidos e havidos como privatistas e "neo-liberais", posarem como "indignados"! Tucanos e psolistas, juntos contra Belo Monte! Eu precisava viver para ver isso!
O movimento "Occupy Wall Street" agora tem nos tucanos paraenses seus novos adeptos! E eu pensando que tucano gostasse mesmo era de contas numeradas em paraísos fiscais!
Sigam no texto e verão como isso tem relação com Carajás, Tapajós, Pará quebrado, Vale e ELEIÇÕES 2012 E 2014. 
Pois muito bem. Depois da cruzada contra Carajás e Tapajós, a tucanada decidiu mostrar serviço através do "pacto pelo Pará"!
E ai daquele que ousar pelo menos indagar o que andaram fazendo esses nossos insuspeitos paladinos antes de decidirem demonizar as iniciativas desenvolvimentistas no estado.
Tucanos afiam os bicos, estão em pé de guerra e se preparam para "retaliar" o consórcio construtor de Belo Monte que, por estúpidos que sejam, resolveram, ora pasmem, comprar caminhões mais baratos em outro lugar!
Vejam bem. A tal compra dos caminhões foi definida em fevereiro e realizada no começo de SETEMBRO deste ano. O decreto reduzindo as alíquotas do ICMS é do final de OUTUBRO.
Que estranho, não é?
Depois de efetuada a compra o governo tucano corre para publicar um decreto que sabia ser inútil!
Claro que nesse angu tem caroço.
Interessante como os "astutos" tucanos se organizaram.
De maio a dezembro estabeleceram uma campanha mentirosa e preconceituosa contra Carajás e Tapajós. Durante a campanha pregaram a "união de todos", claro, em torno de Jatene e Zenaldo e contra os "forasteiros", "esquartejadores"!
Passada a campanha e derrotada (pelo menos por enquanto) a ideia de criarmos os três novos estados, eis que surgem as novas "bandeiras" do "pacto pelo Pará": taxa contra a Vale (como disse o deputado "café-com-leite" - 'eu só tenho dez meses de mandato...tatibitati'- Celso "Riquinho Rico" Sabino) e a guerra contra Belo Monte.
A mim não espanta. Sempre que governos atrapalhados estão em apuros recorrem a essas manobras. Criam factóides e esperam que as "massas" adiram à luta de araque. É truque velho, mas costuma funcionar pelo menos pro algum tempo.
Assim, não se negue que Jatene, com essa "estratégia", está conseguindo alguns feitos relevantes.
Por exemplo, conseguiu que os jornalões paraenses (Diário do Pará e O Liberal), nesta reta final do ano quando escasseiam notícias (danam-se a mostrar matérias de reencontros em rodoviárias e movimento no comércio, um porre!), tenham "pauta" cheia para vender jornal. 
Não por acaso as redes de comunicação estaduais compraram com embrulho e tudo a "guerra de Jatene". 
Os jornalões não pararam para se perguntar como um político que se gaba de ter "conhecimento enciclopédico" deste "país que se chama Pará", pode ser "surpreendido" com a decisão do consórcio construtor de Belo Monte. 
Não pararam para se perguntar por que o decreto que reduz a alíquota foi publicado sete meses DEPOIS do anúncio da operação e não antes. 
Não se perguntaram por que, em tempos de crise internacional, quando todos buscam reduzir impostos e taxas para aumentar a competitividade de seus serviços e mercadorias, o Parazão de Jatene vai justamente na contra-mão da história e resolve taxar justamente a mineração, o setor mais internacionalizado no portfólio do Estado. 
Não se perguntam por que em vez de "guerras" episódicas, Jatene e sua "tchurma", formada por técnicos que se acham a última bolachinha do pacote, foram incapazes de apresentar uma proposta de política fiscal digna deste nome. 
Não se perguntam por que brigar por 6 milhões de reais, valor relativamente pequeno (quando comparado com o valor total de Belo Monte), quando seria mais fácil apresentar para o consórcio construtor uma nova pauta de mitigadoras que alcançasse essa quantia e que beneficiasse diretamente as comunidades da área de influência do projeto (Altamira e região).
Ocorre que Jatene não quer a solução. Neste momento ele precisa é do problema. Espera galvanizar o "paraensismo" que julga ter despertado durante a campanha contra Carajás e Tapajós. Insisto: TODAS as ações de Jatene (a campanha contra Carajás, a taxa contra a Vale, a guerra contra Belo Monte), visam apenas a um fim: GANHAR A PREFEITURA DE BELÉM E FAZER A MAIORIA DOS PREFEITOS NO ESTADO!
Para Jatene 2012 contrata 2014.
Jatene olha para o lado e vê a sombra de Helder Barbalho que, agora com o pai Senador da República, é mais candidato do que nunca. Isso sem falar que, do outro lado da rua, segue Ana Júlia Carepa e o PT!
Sem prefeitos na algibeira, sem reeleição. E Jatene sabe disso.
Zenaldo Coutinho, candidato de Jatene em Belém, patina em residuais 2,5%, índice digno de um poste. Mas, o "patrão" fará tudo para promover o "poste". Jatene planeja manter-se na mídia com notícias favoráveis até as convenções de junho do ano que vem. Até lá o "poste" tem que alcançar pelo menos 10%. Aí a mão pesada do governo se fará sentir e candidaturas da "base aliada" serão desestimuladas ou detonadas. Pelo amor ou pela dor, todos, assim espera o Califa de Belém, estarão sob as asas do poste disfarçado de tucano.
Vejam como existe uma certa esperteza nesta "estratégia". Jatene escolheu "alvos" fáceis para "unir as mãos e os corações" dos "verdadeiros paraenses".
Carajás, Vale e Belo Monte são assuntos que causam grande antipatia em Belém. 
Mantidos sub-informados, os eleitores de Belém podem ser presas fáceis para o discurso "patriótico" do Califa. 
Vejam lá. 
Nós, que moramos e defendemos Carajás fomos pintados como "bandidos" pela propaganda oficial de Jatene; a Vale é outra que "rouba" nossas riquezas ("leva o minério e deixa apenas o buraco e o apito do trem") e Belo Monte é, sem dúvida, o empreendimento estratégico mais combatido atualmente no Brasil. É fácil fazer discurso contra e tentar surfar uma onda artificial de popularidade. É exatamente isso que pretende Jatene.
Claro que também quer o dinheiro. Com o Parazão ricão quebrado, o Califa conta os caraminguás para tentar manter a birosca funcionando. Assim, os sonhados 800 milhões da "taxa contra a Vale", caso entrassem nos cofres de Jatene, seria o estímulo necessário para dobrar as perninhas dos prefeitos mais recalcitrantes. A mera possibilidade de que o Califa meta as mãos nesta bolada já faz crescer a fila de gestores à espera da senha de atendimento na porta do Palácio dos Despachos!
Mas Jatene conseguiu outra coisa. Conseguiu demonstrar para o mundo inteiro como o seu governo pode tornar hostil o ambiente de negócios no Pará. Coloquem-se no lugar de um investidor que tem com o opções o Pará e, digamos, o Ceará. Somente um doido optaria pelo Pará se pudesse escolher o Ceará. Basta visitar o site da Agência de Desenvolvimento do Ceará para perceber que por lá política de atração de investimentos é coisa séria. Talvez por isso Cid Gomes, governador do Ceará seja o quarto melhor governador do País. O governador do Pará, sabemos tirou nota vermelha!
Eis, queridos, o nosso fardo.
Viveremos os próximos anos com um governador que pensa apenas na próxima eleição e abriu mão de discutir o destino da próxima geração.
Covas, um tucano de respeito, dizia que "governar dá trabalho". Nada mais verdadeiro. E tem muito político por aí que tem um enorme enfado de trabalhar e prefere mil vezes "ir pescar".
Para quem é assim o negócio é "mobilizar a sociedade", estabelecer um "pacto" na base do "todos juntos", contra um inimigo real ou de araque. A mistificação dará certo por algum tempo. Claro, tem prazo de validade! E depois? Bem, depois é só inventar uma nova história. Como se sabe, todo pescador é ótimo para inventar histórias!
Corre "prá" te alistar, "caboco"!
Falando "claramente", defender os interesses de um povo precisa ser bem mais que uma simples "história de pescador".
Aqui, o link para uma das matérias d'O Liberal a tratar do assunto.

Um comentário:

  1. Isso já está ficando chato, sabia? O Jatene foi contra o "SIM"? Ele é governador do Estado do Pará. Você achou o que? Diga que se tivesse sido 2 anos antes, a Ana Júlia, teria ido pras ruas, como governadora do Pará, dizer "Divide!"???

    Você, de forma maldosa, coloca todos no mesmo saco. O maior articulador do "NÃO" era petista (Puty).. Por que não generaliza essa corja também? Ou você também acha o governo do Darci (Parauapebas) o melhor da região??

    O PT é um antro de ladrões. Pessoas que há 10 anos eram professores indo trabalhar de bicicleta, com camisas de colarinho puído e agora ostentam carros de mais de 100 mil reais e fazendeiros (ou "roça", como gostam de dizer por aqui).

    Faça-me o favor, companheiro. Todos manipulando o sentimento do povo carajaense com interesses escusos, tanto lá (Belém), como cá (Carajás). Os de lá, querem nos colonizar, os de cá querem apenas consolidar (ou criar, conforme o caso) seus currais eleitorais.

    Em tempo: Não. não sou nem PSDB, nem PSOL, nem PT nem P coisa alguma, mas que esse discurso de vcs, além de repetitivo, manipulado, direcionado e eleitoreiro, já ficou mais que chato. Pronto, falei! Obrigado pela atenção e espaço.

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