28 de dezembro de 2011

Agora é oficial: Jader Barbalho assume mandato de senador pelo Pará

O ex-presidente do Senado e ex-governador do Pará, Jader Barbalho (PMDB-PA) tomou posse nesta quarta (28) em rápida sessão dentro do gabinete onde se realiza a reunião da Mesa Diretora do Senado.
O ato durou cerca de cinco minutos e contou com a presença de apenas oito senadores, uma vez que os demais integrantes da Casa já estão em recesso desde 23 de dezembro.
A reunião foi marcada para avaliar a petição da até então senadora Marinor Brito (PSOL) que pedia o adiamento da posse de Barbalho para a volta do recesso em fevereiro.
Ela se baseia no artigo 57 da Constituição que estabelece que o Congresso só pode se reunir fora do seu período de funcionamento em caso de prorrogação da sessão legislativa para apreciar a lei orçamentária ou se houver convocação extraordinária. A decisão da Mesa foi pela rejeição do pedido.
Segundo mais votado nas eleições de 2010, com mais de 1,8 milhão de votos, Jader Barbalho foi impedido de assumir com base na Lei da Ficha Limpa, que não permite que candidatos que renunciaram para fugir da cassação fossem eleitos. A mesma lei também barrou o terceiro lugar na eleição, o petista Paulo Rocha. Com isso, a vaga ficou durante 11 meses com a quarta colocada no pleito, Marinor Brito (PSOL), que tentou adiar a posse do peemedebista, mas teve o pedido negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), na noite desta terça (27).
A troca de ocupantes se deve à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que decidiu que a Lei da Ficha Limpa não valeria para a última eleição e que, no último dia 14 o liberou para tomar posse como senador, após um “voto de minerva” do presidente da Corte, Cezar Peluso.
Jader começou a carreira política em 1967, como vereador em Belém pelo MDB – partido de oposição ao Regime Militar (1964-1985). Em seguida foi eleito deputado estadual e deputado federal duas vezes. Em 1982, tornou-se governador do Pará pela primeira vez. Cinco anos depois tornou o então presidente José Sarney o indicou ao Ministério da Reforma e do Desenvolvimento Agrário. Em 1988, foi transferido para a pasta da Previdência.
Em 1991, o peemedebista assumiu novamente o governo do Estado, para quatro anos mais tarde ser eleito senador pela primeira vez. Foi então que seus problemas políticos começaram: brigava com Antônio Carlos Magalhães (PFL, atual Democratas) por espaço no governo Fernando Henrique Cardoso e pela presidência do Senado. Ambos ocuparam o cargo e foram dele apeados por denúncias. ACM foi obrigado a renunciar pela acusação de que violou o painel do Senado em uma votação. Jader saiu pelas suspeitas relacionadas à Sudam.

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