Recebi e reproduzo aqui o comentário que o presidente da Frente pró-Carajás, deputado João Salame Neto enviou ao blog em razão do texto A Carta de Jatene.
Mesmo discordando da decisão de Salame, sigo afirmando que NÃO HÁ QUALQUER MOTIVO PARA DUVIDAR DA COMPETÊNCIA E DO COMPROMISSO COM QUE JOÃO SALAME VEM CONDUZINDO A TAREFA PESADÍSSIMA DE PRESIDIR ESTA FRENTE A FAVOR DE CARAJÁS.
Não pode ser fácil para Salame saber que o futuro de milhões depende da decisão que ele tomar. Além disso, Salame sabe que os olhos do Brasil inteiro estão observando esta campanha. Depois de Carajás e Tapajós existem pelo menos 23 regiões que almejam tornar-se Estados.
Sei de tudo isso e reconheço todo o esforço que está sendo feito por Salame e centenas de outros líderes que dispendem tempo, recursos financeiros e humanos para construir esses três novos estados.
Mesmo assim, entendo que é preciso cobrar de Jatene explicações sobre expressões usadas na maldita carta e que remetem para um terreno perigoso, para um caminho sem volta. Jatene é APENAS O GOVERNADOR DO PARÁ (por um certo tempo); Jatene NÃO É O DONO DO PARÁ!
Jatene tem o direito de posicionar-se sobre o plebiscito. Jatene NÃO TEM O DIREITO DE TENTAR INFUNDIR MEDO E PAVOR ENTRE POLÍTICOS, EMPRESÁRIOS E ELEITORES DE CARAJÁS E TAPAJÓS.
Jatene deixou de lado a "liturgia do cargo" quando assinou aquela maldita carta.
Desceu à arena. E aqui o jogo está sendo bruto! Não há espaço para posições dúbias. É SIM ou Não! Aos nossos aliados não fazemos favor algum ao defendê-los. Aos nossos adversários, não lhes devemos sequer favores! Reparem que refiro-me a "adversários", nunca "inimigos". Adversários precisam ser derrotados; inimigos, exterminados. Acredito que na democracia não há lugar para exterminar inimigos, mas existem diversas oportunidades para derrotar adversários!
Jatene escolheu seu lado. Ele diz "Não e Não". Não lhe gabo o gosto!
Ele também diz que encontrou o Estado do Pará em ruínas. Seria bom perguntar à Ana Júlia o que ela pensa disso!
Segue a nota de João Salame:
Meu caro Wilson,
Vamos repor a verdade:
1-Não há atrito algum entre eu e o Duda. Somos amigos e trocamos idéias ontem até a meia-noite. Sou jornalista e já participei de varias campanhas. Divergências são normais na condução de uma campanha;
2-Ele jamais pensou em se afastar da campanha. Está entusiasmadíssimo e acha que dá pra ganhar;
3-Em nenhum momento eu vetei a peça que iria ao ar. Debatemos e o próprio Duda, mesmo discordando, reconheceu que os argumentos que eu apresentei eram importantes e que valeria à pena esperar;
4-Em nenhum momento eu disse que, por ser base do governo, não desejaria me indispor com o governador. Disse, e repito, que cada decisão polêmica deve ser bem avaliada, porque presido uma Frente plural, que tem gente do PT, DEM, PDT, PSDB, PPS, etc.
5-Não posso, sozinho, autorizar uma mídia que bata de frente com o Jatene, o Jader ou a Ana Júlia, por exemplo.Essa decisão tem que ser coletiva.
Meu caro amigo.
ResponderExcluirInsisto. Não disse que o Governador não deve ser respondido. Não seria ético eu falar aqui do conteúdo do programa que debatemos. Apenas avaliamos a oportunidade daquele programa, sobretudo pelas repercussões políticas que geraria na frente política supra-partidária que dá consistência ao SIM.
Eu mesmo tenho rebatido afirmações do governador e seus auxiliares. Não me furto a isso.
Nesse momento estamos reunidos eu, os deputados Zequinha Marinho (PSC), Giovanni Queiroz (PDT) e Alexandre Von (PSDB) para,de maneira coletiva, tomarmos decisões coletivas.
Um líder tem que tomar decisões. Não pode se omitir. Tomei a decisão que achava mais acertada. E, ainda bem, estou sendo respaldado por todos os que integram a frente.
Agora, de maneira coletiva, tomaremos decisões mais sólidas politicamente. Se isso significar dar resposta ao governador ela será dada. Ou a Ana Júlia, ou ao Almir Gabriel, ou ao Duciomar Costa, pois todos integram a frente do NÃO,
Na minha vida de militante aprendi que tão importante quanto o conteúdo é a forma. O método. Tenho me pautado como presidente em adotar o método de respeitar as diferenças políticas dos integrantes da Frente,até onde elas não se contraponham ao nosso sonho de ver criados os nossos estados. Tínhamos tempo. Por isso chamei o coletivo para decidir o rumo político nessa reta final de campanha. Foi isso.
Aproveito para agradecer as manifestações de respeito e carinho que você tem reiterado a meu favor.
João Salame