Com a participação de empresários, técnicos e pesquisadores da Região Norte ligados à produção e comercialização de aves, começa hoje à noite, na praça do Ginásio de Esportes Manoel Silva, em Santa Isabel do Pará, a 2ª Feira de Avicultura do Estado (Avefest). Durante o encontro, que se estenderá até domingo (20), os participantes do evento poderão trocar informações e absorver conhecimentos sobre as novas tecnologias. Eles vão debater também os problemas que afetam o setor, que não são poucos, e as perspectivas dessa atividade econômica no Pará.
A presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Isabel e Santo Antonio do Tauá, Iacira Sedrin, aponta as restrições à produção de grãos, especialmente soja e milho, como fatores que inibem a expansão da avicultura paraense. Os avicultores paraenses precisam comprar lá fora – no Nordeste, em Mato Grosso, em Goiás e por vezes até no Paraná – cerca de 70% do volume de milho e soja necessário para a fabricação de ração. Essas importações maciças elevam os custos de produção, por causa dos fretes, e reduzem dramaticamente a competitividade dos produtores locais.
Iacira Sedrin chamou a atenção para o fato de que, apesar de todos os problemas, a avicultura tem hoje na economia paraense uma repercussão que não deve ser desprezada. O setor já responde por cerca de cem mil empregos no Pará, fortemente concentrados em dois grandes polos – a Região Metropolitana, tendo como principal referência o município de Santa Isabel, e o polo oeste, em Santarém. O Estado produz atualmente, conforme revelou a dirigente sindical, cerca de 1,3 milhão de frangos de corte por semana, 700 mil aves de postura e 120 mil matrizes pesadas, além de grande número de aves caipiras, atividade que abrange sobretudo os pequenos produtores.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faepa), Carlos Fernandes Xavier, disse que o Pará já responde isoladamente, hoje, por mais de 60% da produção de aves e ovos de toda a Região Norte. Considerando as regiões Norte e Nordeste, conforme frisou, o Pará está no quarto lugar. E, no ranking nacional, o Estado já ocupa a 13ª posição. “E nós temos ainda um potencial enorme de crescimento, já que a produção local só atende 30% da demanda interna”, declarou o presidente da Faepa.
(Com informações da Ascom/Faepa)
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