1 de outubro de 2011

Dilma assenta menos famílias que FHC e Lula. Mas gasta o triplo!


Oito meses de mandato depois, Dilma (foto acima) criou menos assentamentos e assentou menos famílias no campo que os dois antecessores no mesmo período. E não faltam "clientes" nem recursos. A "gerentona" não anda gerenciando muito bem este problema. Vejam lá.
De acordo com dados do Incra, o governo criou nos primeiros oito meses 35 assentamentos. Até esta sexta (30), o último registro de criação de assentamento no site do Incra era de 18 de agosto. Movimentos sociais, como o MST, queixam-se da demora na alocação de famílias em projetos de reforma agrária. O Incra, cujo orçamento é recorde neste ano, afirma que a demanda por assentamentos vem diminuindo.
Nos oito meses iniciais do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, foram criados 156 assentamentos e, nos oito primeiros meses do segundo mandato de FHC,
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247. O primeiro mandato de Lula (foto ao lado) fez 135 assentamentos entre janeiro e agosto de 2003. Nos oito primeiros meses de 2007, ano em que Lula iniciou o segundo mandato, foram criados 151 assentamentos.
Lula empreendeu mais projetos de compra e reconhecimento de terras que os demais durante seus primeiros oito meses - processos mais rápidos, alguns iniciados e implantados em seu próprio seu governo. Dilma ainda não aprovou nenhum.
Se a comparação for por número de famílias assentadas, Dilma destinou terras a pelo menos 1.949 famílias. O antecessor, a pelo menos 9.195 nos oito primeiros meses de 2007 e 12.022 nos oitos primeiros de 2003. FHC (foto abaixo) assentou 23.391 famílias entre janeiro e agosto de 1999 e 23.132 no mesmo período de 1995.
No início do mês, o governo anunciou a liberação de R$ 400 milhões para assentar 20 mil famílias acampadas no país. No ritmo atual, Dilma conseguiria assentar no máximo 10 mil famílias até o fim do seu mandato. Segundo estimativa do Incra, atualmente há 170 mil famílias acampadas em todo o Brasil à espera de assentamento.
Embora o ritmo de assentamentos tenha diminuído no governo atual, o total de recursos destinados ao Incra aumentou, segundo informações do próprio instituto.
De acordo com o Incra, a verba efetivamente aplicada em projetos para criação de assentamentos e seu desenvolvimento foi de R$ 1,278 bilhão em 1995; de R$ 1,302 bilhão em 1999; de R$ 1,241 bilhão em 2003; e de R$ 3,862 bilhões em 2007. Para este ano, a dotação orçamentária autorizada é de R$ 3,926 bilhões.
Para agilizar o processo, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) defende a criação de um plano com metas para assentamentos até 2014.
"Não há desculpas para essa lentidão, uma vez que esse governo é de continuidade do anterior. Esperamos que o governo encaminhe com rapidez os compromissos firmados e agilize o assentamento das famílias acampadas", disse Marina dos Santos, coordenadora da entidade.

O MST também contesta os números do governo. José Valdir Misnerovicz, coordenador-geral nacional da entidade, chega a dizer que Dilma ainda não assinou nenhum decreto de desapropriação.
(Com informações do Portal G1)

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