Nesse nível dá gosto debater.
Vejam, está no Blog do Wanterlor um post, com link e tudo, (leia aqui), contando que a Alemanha pretende fundir algumas de suas unidades administrativas. O post dá a entender que vamos na contramão da Alemanha. Enquanto nós queremos "dividir", os alemães querem unificar.
Abordo apenas um aspecto da questão, outros existem e vocês podem aprofundar.
Bom, a Alemanha tem 357 MIL QUILÔMETROS QUADRADOS DE EXTENSÃO TERRITORIAL
O Brasil tem 8 MILHÕES E 547 MIL QUILÔMETROS QUADRADOS DE EXTENSÃO TERRITORIAL.
Por outro lado, só o Pará tem UM MILHÃO E TREZENTOS MIL QUILÔMETROS QUADRADOS DE EXTENSÃO TERRITORIAL ou 15% DO TERRITÓRIO BRASILEIRO OU 45% DO TERRITÓRIO DA REGIÃO NORTE.
Os alemães estão certinhos. Na mixaria de território que possuem caberia, no máximo DUAS unidades administrativas.
Os que querem construir os Estados do Carajás e do Tapajós estão certíssimos. Na imensidão abandonada por Belém cabem brincando QUATRO Alemanhas.
Melhor ainda. Belenenses chorões reclamam que ficariam "pequenininhos". Ora, o Novo Pará ficaria com área de mais de 200 MIL QUILÔMETROS QUADRADOS. Teriam eles a competência de administrar esse território de tal sorte que tornem-se uma potência econômica próxima da Alemanha? Falando nisso, já conseguiram manter limpo o Ver-o-Peso?
Wanterlor trouxe à luz, ainda que involuntariamente, dados que reforçam ainda mais a justeza em criar esses estados. O bom debate de ideias agradece a deferência.
Por esse motivo Hitler conseguiu dizimar 6 milhões de Judeus e também opositores. Bom, se assim achas melhor...
ResponderExcluirBoa tarde caro Wilson Rebelo.
ResponderExcluirMais uma vez levantas a bola e a coloca na marca do pênalti.
A contar com a precisão ultimamente verificada pelos nossos centroavantes da Seleção Canarinho, estamos em maus lencóis.
Mas, e observando e lendo que aprendemos algo nessa vida. Vamos tentar ser certeiros ao cobrar esse pênalti.
Esse diferencial abordado pelo Walterlor tem e deve ser analisado por uma perspectiva contextual.
Comparar o gigante alemão com o franzino Brasil é um pouco demais para justificar a questão geopolítica e econômica.
Partamos para a especificade territorial.
Apesar do diminuto território alemão, seu produto interno bruto é sustentado por uma economia altamente industrializada, cuja inovação, pesados investimentos em pesquisa e assombroso número de registro de patentes em todas as áreas do conhecimento humano, apenas de uma de suas indústrias: a Siemens, é mais do que 3/4 do registrado por todos os centros de pesquisa brasileiros.
Só ai, revela-se o tamanho de nossa nudez e atraso tecnológico.
Mas, se tamanho for documento e as mulheres inteligentes sabem que não é. Vamos ao caso dos Estados Unidos. Um país mais ou menos do tamanho do nosso, só nos superando pelos Estados Ultramarinos e Alasca.
Gigantesco em comparação com o Brasil é facilmente analisável, bastando para isso, compararmos o crescimento do PIB dos nossos Estados que se emanciparam após a nossa independência em 1822, como Alagoas (R$ 13 bilhões em pouco mais de 27.000 Km2), Paraná (1853) com R$ 108 bilhões e quinta economia do Brasil, Amazonas (1853) com cerca de R$ 34 bilhões, Mato Grosso do Sul (1977) com cerca de R$ 17 bilhões, Rondônia (1977) com R$ 10 bilhões, Tocantins (1988) com R$ 7 bilhões, Amapá (1988) com R$ 5 bilhões e Roraima (1988), com R$ 2 bilhões. Devemos enfatizar que esses valores de produção interna bruta são de apenas um ano de trabalho de suas populações.
Se as 13 ou 14 áreas do país que reivindicam as suas emancipações há séculos tivessem as suas aspirações atendidas, certamente não teríamos esses cancros de miséria que assolam as grandes áreas metropolitanas do país com as suas superpopulações desempregadas e marginalizadas, e muito menos, os problemas de exclusão social e violência que atingem mortalmente o Brasil. Além de uma população mais feliz e bem distribuída por todo o país, certamente teríamos algumas centenas de bilhões a mais em nosso Produto Interno Bruto anual, como demonstramos cabalmente nos dados acima.
Considerando a melhoria da qualidade de vida de suas populações, em termos de saúde, educação, justiça, segurança, transportes, estradas, agricultura, meio ambiente e tudo o mais que a chegada das instituições republicanas trazem em seu bojo, mesmo um investimento de cerca de R$ 3 bilhões para a implantação dos Estados acima relacionados em número de oito teria custado à União cerca de R$ 24 bilhões ao longo de anos, contra os R$ 196 bilhões que esses Estados produzem hoje em apenas um ano da produção e do trabalho dos seus povos, os quais, oferecem cerca de R$ 80 bilhões anuais apenas em termos de tributos para os três entes federativos.
Valeu ou não a pena a organização POLÍTICO-ADMINISTRATIVA dos Estados Unidos, com estados mais ou menos do mesmo tamanho, exceto o Texas em razão da guerra contra o México?
Se existe no momento atual, um Plano de Crescimento Acelerado para o país, esse é a Redivisão Político-Administrativa do Brasil. Com apenas 6% dos recursos previstos para o PAC - Plano de Aceleração do Crescimento que é de cerca de R$ 500 bilhões, teríamos um novo Brasil do Século XXI com cerca de 40 Estados e uma geração de mais de 20 milhões de empregos diretos e indiretos.
Que se unam os parlamentares deste país inteiro e acabem, de uma vez por todas, com essa triste ausência das instituições Republicanas em 60% do território brasileiro.
É o que pensamos.
Um abraço,
Val-André Mutran, com dados do pesquisador e economista Roberto Carlos Limeira de Castro.