2 de setembro de 2011

"Ó nois aqui trá veiz" - FHC será "estrela" de comerciais tucanos

Para quem pensava que FHC importava-se, agora, só com maconha, ecstasy e outros similares, uma grande surpresa. Fernando Henrique Cardoso está de volta. O PSDB paulista deverá usar o ex-presidente como "estrela" de seus comerciais no programa televisivo que vai ao a partir de 21 de setembro.
FHC estará ao lado de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e de outros tucanos muito emplumados. Querem manter o poder no feudo paulista e, principalmente, no paulistano sob controle da sigla desde 1995.
Os "bicudos" acreditam que precisam explorar o "legado" de FHC, deixado de lado pelo partido nas últimas eleições. A tucanada, que adora achar que "sabe tudo" das manhas e artimanhas da política, comeu mosca nas eleições presidenciais quando tentou se apresentar como a "continuidade" de Lula.
Entre Dilma, o produto original, e o Serra, o genérico, nem precisa dizer o que escolheu o eleitor.
Vejamos no que isso vai dar, mas não dá para esperar muita coisa.
Aqui no Pará, caso seja produzido programa específico (o plebiscito complica tudo e seria difícil explicar tanto a presença quanto a ausência de Zenaldo, presidente estadual do PSDB que é contra o Estado do Carajás), o protagonista será mesmo Jatene acompanhado por algumas estrelas em ascensão como Sidney Rosa, Secretário Especial de Produção e Nilson Pinto, Secretário Especial de Promoção Social.
A verdade é que os tucanos, e com eles toda a oposição, andam sem bandeiras e formulações claras dignas de apresentar em público.
Para piorar, a tucanada ainda não entendeu a natureza da política.
Quando está fora do governo não sabe fazer oposição.
Quando está no governo não sabe ocupar os espaços e permite que outros o façam.
Neste caminho algo hamletiano, o PSDB conseguiu até estabelecer um "eixo" geopolítico no centro do País que vai do Paraná ao Pará, mas não consegue extrair disso qualquer vantagem extra para a sigla.
O PT de Lula agradece penhorado e, a depender da competência tucana para travar a luta política, vislumbra a possibilidade de permanecer no poder por mais algumas décadas, pelo menos.  

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