10 de abril de 2019

100 DIAS DE HELDER: Cresce a insatisfação entre o funcionalismo. Professores cobram pagamento do Piso Salarial. Greve não está descartada



Ao completar 100 dias de governo, Helder Barbalho vai precisar lidar com a crescente insatisfação dos funcionários públicos do Estado do Pará. Os professores, articulados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado Pará (Sintepp), realizaram a primeira manifestação contra Helder, nesta quarta-feira (10), em Belém. Eles cobram do governador o cumprimento da promessa em pagar o piso salarial do magistério nacional. O compromisso de Helder era começar a pagar o piso desde janeiro, mas até hoje isso não aconteceu. O governo pretende discutir o assunto, talvez, a partir do segundo semestre. O Sintepp não descarta ir à greve.



Além do pagamento do Piso Salarial, a manifestação também exigiu a reforma das escolas estaduais e protestou contra a reforma da Previdência que, segundo os organizadores, penaliza os professores. 

Eles se concentraram na praça Floriano Peixoto, em frente ao Mercado de São Brás, e saíram em caminhada pela avenida Almirante Barroso. Os manifestantes se concentraram em frente ao prédio da Sead, na travessa do Chaco. 

A direção do movimento de professores acabou sendo recebida pela secretária de estado da Administração, Hana Ghassan, que pediu mais tempo para analisar as reivindicações dos funcionários. “Solicitamos um prazo até junho para analisarmos o comportamento da economia nacional e o impacto das medidas adotadas pelo Governo para aumento na arrecadação estadual", disse Hana.
 
O sindicato solicitou uma nova reunião e um novo encontro ficou agendado para próxima terça-feira (16). Ainda será decidido se a reunião acontecerá na Sead ou na Seduc.

Os dirigentes sindicais não parecem muito dispostos a esperar até junho para só então começar a discutir a possibilidade de haver o pagamento. A proposta do governo de conceder um abono aos professores, não foi bem aceita pela categoria. Parece claro que se o Estado não der uma resposta satisfatória à categoria, os professores irão à greve, o que será decidido até o final deste mês.

"Nós estamos em estado de greve. Isso significa que é possível ter uma assembleia que deflagre uma greve. Vai depender muito da organização da categoria e da disponibilidade do governo em negociar de fato", disse Mateus Ferreira, da coordenação geral do Sintepp Pará.

Nesta quinta-feira (11), a partir das 9 horas da manhã, a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), realiza sessão especial para discutir o pagamento do Piso Salarial do Magistério Nacional. Além dos deputados, o Sintepp e representantes do Governo do Estado estarão presentes.

No próximo dia 23, uma terça-feira, a partir das 9 horas, o Sintepp realiza assembleia-geral, em Belém, para avaliar o andamento das negociações com o Governo do Estado e estabelecer um indicativo de greve dos professores em todo o Estado.

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