1 de fevereiro de 2019

Em Marabá, começa hoje a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. "A questão é muito séria", diz vereadora Priscila Veloso



Acontece nesta sexta-feira (1º), no plenário da Câmara Municipal de Marabá, a abertura da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. O evento é uma iniciativa da Secretaria de Assistência Social (Seasp), em parceria com a Secretari\a Municipal de Saúde (SMS). Diversas entidades e organizações ligadas à área de proteção social participarão das diversas atividades que estão programadas.

Para quem não sabe, o Brasil é um ponto fora da curva quando o assunto é gravidez na adolescência. Em 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgou relatório que reúne dados consolidados entre 2010 e 2015. Os números não são nada bons.

Segundo o relatório da OMS, no Brasil de cada 1.000 mulheres entre 15 e 19 anos, 69 engravidam e dão à luz seus bebês. Para comparar, no Chile a proporção é 49 para 1.000; nos Estados Unidos, 22 para 1.000 e no Canadá apenas 11 para 1.000.



A gravidez na adolescência deixa marcas psíquicas e físicas profundas nessas meninas. Se do ponto psicossocial a aceitação dessas mães adolescentes é complicada, do ponto de vista da saúde da mulher pode ser devastador. O risco de morte durante ou logo após o parto simplesmente dobra quando a mãe tem entre 15 e 24 anos. Além disso, a saúde do bebê geralmente é muito mais frágil.



É preciso proteger mais as adolescentes, em especial aquelas mais pobres. Boa parte delas engravidam através de relações francamente abusivas ou de estupro. Educação sexual, orientação sobre métodos contraceptivos e oferecer perspectivas de crescimento sócio-econômico para essas jovens também são medidas que podem reduzir os números da gravidez na adolescência.

A Semana de Prevenção vai discutir essas e outras medidas. Entusiasta da ideia, a vereadora Priscila Veloso vai participar da atividade. "Não resta dúvida que é preciso discutir com seriedade essa questão e o evento é uma grande oportunidade para fazermos um diagnóstico desse problema em Marabá para, em seguida, propor medidas que ajudem a reduzir os números da gravidez precoce", diz Priscila.    


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