28 de janeiro de 2019

Se o prefeito Adonei não pagar o Piso Salarial professores farão greve em Curionópolis, diz Sintepp



As coisas andam complicadas para o prefeito de Curionópolis, Adonei Aguiar (na foto, em primeiro plano, ao lado de Márcio Miranda). Desde que seu candidato ao governo do Pará, Márcio Miranda, perdeu a disputa para Helder Barbalho, a vida tem se tornado um pequeno suplício para o prefeito. De novembro do ano passado até este mês de janeiro, Adonei já virou réu de processo penal, foi obrigado a demitir funcionários, brigou com vereador nas redes sociais e agora vê o Sintepp ameaçar fazer greve já no início do ano letivo.

Em 6 de dezembro, a desembargadora Rosi de Farias determinou a notificação de Adonei no processo 0005083-06.2018.8.14000, dando-lhe 15 dias para apresentar resposta. Adonei foi denunciado por falsidade ideológica, crimes de responsabilidade e crimes previstos na Lei de Licitações. Adonei foi indiciado junto com outras cinco pessoas. Caso seja condenado, Adonei perderá o cargo, as condições de elegibilidade e até mesmo a liberdade.



Logo na primeira quinzena de janeiro, Adonei resolveu enxugar a folha de pagamento da Prefeitura de Curionópolis. Acabou sendo acusado pelo vereador Gildásio Mendes (na foto abaixo, de blazer, ao lado de um correligionário), de haver inchado a folha durante a campanha e agora precisar se livrar do excesso. Adonei não gostou nada e replicou. "Vai trabalhar para o povo, mostre algo de concreto que atenda o nossa gente", escreveu o prefeito em seu perfil no Facebook. Com a volta dos trabalhos do Legislativo prevista para o início de fevereiro, é de se esperar que as críticas de Gildásio subam de tom.



Mas, o sofrimento de Adonei pode aumentar.

Na quinta-feira (24), os professores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Pará (Sintepp), decidiram que Adonei tem até o final do mês de janeiro para incluir nos contra-cheques dos docentes os valores referentes ao Piso Salarial do Magistério Nacional. Se o dindim não cair na conta, os professores pretendem fazer greve a partir da segunda semana subsequente ao início das aulas.



Além disso, os professores exigem que, na lotação de carga horária, sejam priorizados os professores concursados, sendo chamados os contratados apenas para suprir eventuais lacunas no quadro docente.

Por fim, professores de Curionópolis não gostaram da ideia de ter que trabalhar aos sábados, considerados dias letivos no Calendário Escolar divulgado por Adonei e querem também reduzir a jornada de serviço dos vigias de 24 horas de trabalho por 24 horas de descanso, para 12 hora de trabalho por 36 horas de descanso. Uma comissão foi formada para tentar o diálogo com Adonei.

Definitivamente, 2019 começou "puxado" para Adonei.


Veja a seguir as principais reivindicações dos professores de Curionópolis:

DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLEIA GERAL DA CATEGORIA REALIZADA NO DIA 24 DE JANEIRO DE 2019 NA ESCOLA ESTADUAL ALMIR GABRIEL - SINTEPP CURIONÓPOLIS
CUMPRIMENTO DO PISO SALARIAL DE 2019


Ficou decidido em relação ao cumprimento do Piso Salarial de 2019 que caso o governo municipal não cumpra o enquadramento do piso salarial nos contracheques ao final do janeiro, a categoria irá paralisar as atividades na segunda semana subsequente ao início do calendário letivo.

CAMPANHA SALARIAL 2019

A categoria decidiu iniciar a Campanha Salarial 2019 com um percentual de 15% (baseado nas perdas acumuladas ao longo dos anos), a ser levada pela coordenação para a Mesa de Negociação.

PROPOSTA DE CALENDÁRIO ESCOLAR PARA O ANO LETIVO DE 2019
A proposta de Calendário Escolar para ano letivo de 2019 foi apresentada pelo governo e a categoria teve o momento oportuno para indagar acerca de alguns pontos que não estavam devidamente claros. A categoria decidiu que a coordenação deverá enviar um documento para a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) visando solicitar esclarecimentos detalhes acerca do cumprimento da jornada de trabalho dos professores nos sábados considerados letivos.

LOTAÇÃO DE PROFESSORES

A categoria decidiu ainda que a lotação dos professores deverá seguir em conformidade com a realizada anteriormente e como preconiza a lei, tendo a prioridade de lotação para os concursados e, em seguida, a contratação dos temporários para suprir a necessidade da administração.

JORNADA DE TRABALHO DOS VIGIAS

Ficou deliberado que a coordenação deverá buscar diálogo com o governo municipal visando ampliar a quantidade de vigias das escolas municipais, reduzindo assim a jornada de trabalho exaustiva dos vigias de 24/24 existente para 12/36.

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