23 de janeiro de 2019

Onda de mortes em Salinas. Quatro são assassinados em menos de oito horas



Em menos de oito horas, quatro homens foram mortos em duas cidades do nordeste do Pará. Três foram assassinados em Salinas e um em São João de Pirabas, cidade distante cerca de 40 km de Salinas. Os crimes aconteceram entre as 21 horas de segunda-feira (21) e as 3 horas da manhã desta terça-feira (22). Pelo menos duas vítimas tinham envolvimento com a criminalidade.



O primeiro a ser atacado foi John Lennon, baleado por volta de 21 horas de segunda-feira, em sua casa, na Alameda Bragança, no bairro da Ponte, em Salinas. Após ser alvejado, ele foi levado por populares ao Hospital Regional de Salinópolis, mas não resistiu e morreu na manhã desta terça-feira. Familiares relataram que vários homens invadiram a casa, mas não souberam identificar nenhum deles.

Ian Alves foi morto por volta de 1h30, de forma bem parecida. Três homens invadiram a casa onde a vítima morava, na Rua Professor Sergio Delgado de Moraes, e perguntaram por ele à irmã. Assustada, a jovem respondeu que o irmão dormia no quarto. Os assassinos a trancaram em outro cômodo e foram ao encontro de Ian, que foi alvejado com cinco tiros, morrendo na rede onde dormia. Em depoimento à Polícia Civil, a mulher informou que seu irmão estava envolvido com tráfico de drogas na região e acredita que isso pode ter alguma ligação com o seu assassinato.



Enquanto isso, na travessa Nazaré, região central de Salinas, o corpo de Josiel Santos era encontrado no meio da rua, também com marcas de tiros. Conhecido como "Bicudo", ele também teria envolvimento com crimes no município.

Já por volta de 3 horas da manhã, as Polícias Civil e Militar foram avisadas do homicídio de Anelson de Jesus Pereira, conhecido como "Fofão", também morto dentro de casa, no município de São João de Pirabas. Ele residia na rua Maria Pajé, bairro Boscolândia, e foi assassinado com vários tiros na frente da esposa. Os bandidos entraram na casa após arrombar os cadeados do portão e a porta.



Nas redes sociais ganhou força a suspeita que as mortes tenham ligação com o assassinato do cabo da PM Nilton Sandro de Azevedo (na foto acima), na noite de segunda-feira (21) em Salinas. O militar estava bebendo na frente de sua casa, localizada na travessa Teotônio Quadros, Centro, quando decidiu tomar satisfações com um grupo de homens que ouvia um som alto próximo de onde estava. A queixa acabou de tornando um desentendimento e o militar, que estaria sob efeito de bebida, terminou por sacar a arma e disparar na direção dos três. Nenhum dos tiros atingiu o grupo, mas um deles conseguiu imobilizar o cabo e tomar a arma, com a qual acabou sendo morto. 

A Polícia Militar afirmou em nota à imprensa não ver ligação entre os casos.

Nota Oficial da PM

A 1° Companhia Independente de Polícia Militar, sediada em Salinópolis, região nordeste do estado, registrou, na madrugada de terça-feira (22), três homicídios em Salinópolis e um em São João de Pirabas, a cerca de 40 quilômetros do município.

Por volta das 22h, desta segunda-feira (21), John Lennon Monteiro da Silva deu entrada no hospital do município, com ferimento na cabeça causado por disparo de arma de fogo. Ao chegar ao Hospital Regional, a equipe médica constatou a morte da vítima.

Josiel da Silva Santos foi baleado e morto por volta de 1h30m, na travessa Nazaré, também em Salinópolis. O Corpo de Bombeiros Militar chegou a ser acionado e socorreu a vítima até o hospital local, mas ele não resistiu e morreu.

Familiares de Ian do Rosário Alves compareceram à Delegacia de Polícia Civil de Salinópolis e informaram que homens não identificados entraram na residência da família e realizaram disparos de arma de fogo contra a vítima. Uma equipe da Polícia Civil atendeu a o ocorrência e constatou que Ian morreu no local do fato.

Em São João de Pirabas, por volta das 3h da madrugada, a guarnição da PM que estava na viatura 6106 recebeu informações de que um homem havia sido baleado no bairro Piracema.

Os policiais militares foram até o local, mas a vítima, identificada como Anelson de Jesus Pereira, conhecido como Fofão, já estava sem vida.

Todos os casos foram registrados na Delegacia de Polícia Civil, que irá investigar os fatos.

A Polícia Militar ainda não tem informações sobre a identidade dos possíveis autores e desconhece qualquer ligação entre os crimes.

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