O governador eleito do Pará, Helder Barbalho (MDB), foi diplomado na noite desta terça-feira (18), pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA). Além de Helder, foram diplomados também, o vice-governador eleito Lúcio Vale, os senadores Jader Barbalho e Zequinha Marinho, os 17 deputados federais eleitos e 41 deputados estaduais. A diplomação é a última etapa do processo eleitoral antes da posse, marcada para o dia 1º de janeiro.
O discurso de Helder foi, desde os cumprimentos, formado por acenos aos demais partidos e a diversos segmentos da sociedade civil, muitos dos quais não estiveram com Helder na corrida ao Palácio Lauro Sodré.
Parlamentares como Nilson Pinto (PSDB), Edmilson Rodrigues (na foto abaixo, ao receber seu diploma) e Marinor Brito, ambos do PSOL foram lembrados e citados nominalmente por Helder.
Helder fez ainda uma homenagem especial às mulheres. Lembrou que sua mãe, Elcione Barbalho é a única mulher entre os deputados federais e cumprimentou individualmente cada uma das deputadas estaduais eleitas. "É preciso que cada vez mais mulheres atuem na política", frisou o governador eleito.
"Não Temos o Direito de Errar"
Em seu discurso, Helder disse que as eleições de outubro foram "históricas", marca um novo ciclo na democracia e lembrou o sentimento de mudança que varreu o pais nas últimas eleições. O governador eleito destacou a importância de que cada um dos eleitos mantenha a "sintonia com as ruas".
"O Pará tem pressa. Pressa para ter um governo presente", disse Helder em uma rápida referência crítica ao atual governo, sempre retratado por Helder como "ausente". "Não temos o direito de errar. Não temos o direito de decepcionar a sociedade", disse o governador eleito.
Em seguida, um aceno explícito foi feito. "Quero aqui fazer um chamamento à sociedade e a todos os eleitos. Vamos juntos. Vamos valorizar aquilo que nos aproxima. Vamos buscar a união. A união não em torno de um governo, de um partido, de uma ideologia. Mas, a união em torno de uma causa. A causa do Estado do Pará", disse Helder.
"Precisarei - e peço humildemente - o apoio de deputados estaduais, dos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, das lideranças políticas e comunitárias. Precisarei dos senadores e deputados federais, lutando em Brasília para que a altivez dos paraenses seja enxergada e o Brasil possa nos ouvir e respeitar", prosseguiu o governador eleito.
O governador eleito criticou o modelo de exploração das riquezas do Pará. "Não nos cabe mais permitir - e a população não admite - que sejamos subjugados, como um estado que contribui com este país e com abalança comercial, seja através da exportação de commodities - e não recebe a compensação devida -, seja exportando energia aqui produzida", afirmou Helder.
Segundo Helder é preciso de união de todos os paraenses para reverter esse quadro, no qual segundo ele, " nada aqui fica de riqueza e ainda nos obrigam a pagar uma energia cara e péssima qualidade para o cidadão paraense".
Homenagem a Jader
Para encerrar, Helder lembrou que 28 anos atrás, seu pai, o atual senador e ex-governador Jader Barbalho (na foto ao lado, com o deputado Chamon, ao chegar à solenidade), recebia o diploma de governador e, naquela ocasião o diploma foi dado por Jader aos filhos Helder e Jader Filho.
Segundo Helder, hoje foi a oportunidade de retribuir e chamou à tribuna Jader e Jader Filho. "Pai, entrego a você seu 12º diploma", disse Helder visivelmente emocionado.
A posse de Helder e do vice, Lúcio Vale, será em Belém, no dia 1º de janeiro e, pela primeira vez na história, será replicada, no mesmo dia, em Santarém e Marabá, as duas cidades mais importantes do Pará e que em 2011, estiveram à frente do movimento de criação dos estados do Tapajós e do Carajás.
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