23 de novembro de 2015
Marabá - Disque-Denúncia oferece recompensa por informações sobre assassinos de Maria Eduarda
Na manhã deste sábado (21), por volta das 7 horas, Maria Eduarda Félix Lourenço, 10 anos de idade, saiu para comprar pão e leite, em São Domingos do Araguaia, cidade distante cerca de 60 quilômetros de Marabá. Ela não mais foi vista com vida.
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado parcialmente queimado, no final da manhã desta segunda-feira (23), no loteamento Alto da Boa Vista, em São Domingos.
O Instituto Médico-Legal foi acionado para fazer a remoção do cadáver e trasladá-lo para Marabá, onde será necropsiado. Somente depois dos exames é que os peritos poderão confirmar a causa mortis e se a criança sofreu ou não violência sexual.
A cidade, com pouco mais de 25 mil habitantes e um dos mais baixos IDHs da região do Carajás, está comovida com a dor causada à família pela tragédia e o campo é fértil para boatos de toda a natureza. Todo o cuidado é pouco em casos como esses.
A verdade é que a Polícia Civil investiga o caso com cuidado, como deve ser, especialmente quando há violência contra criança e suspeita de abuso sexual. Familiares de Maria Eduarda já foram ouvidos, mas até este momento nenhum suspeito foi preso.
As estatísticas, nesses casos, são ingratas. Quase 90% desses crimes são cometidos por parentes, tutores ou guardiões - justamente aqueles que tinham o dever de proteger a criança. E infelizmente, a rede de proteção aos pequenos ainda é precária em todo o País.
A cultura do silêncio e o temor que o agressor infunde à vítima são fatores que jogam a favor dos molestadores e assassinos nesta equação cruel.
No caso de Maria Eduarda, o Disque-Denúncia de Marabá oferece recompensa de mil reais para quem der informações que levem à captura do ou dos assassinos. O anonimato do denunciante é garantido, assim caso qualquer pessoa tenha pistas que possam ajudar a Polícia, deve ligar para o número que está na imagem que ilustra este post.
Claro que a dor da perda de alguém tão jovem é devastadora. Assim, só resta mesmo rezar para que a família encontre em Deus força e consolo e que as autoridades consigam identificar e punir os responsáveis.
Há pouco comentei no Facebook que, apesar de ser contra a pena de morte, nessas horas minha convicção fica seriamente abalada. Penso na dor da família, penso no fato de que talvez não se consiga chegar aos autores ou autor dessa barbaridade e, mesmo que sejam presos, podem em poucos anos recuperar a liberdade. Às vezes, penso mesmo que pena de morte só existe para as vítimas.
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