9 de novembro de 2015

"Dilma não cumpre acordo", dizem caminhoneiros que paralisam estradas em cinco estados do país.

Caminhoneiros em Greve - Barricada fecha rodovia no Rio Grande do Norte
Conforme foi anunciado há dias, o protesto de caminhoneiros comçou nesta segunda-feira (9) em trechos de várias estradas do país, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os atos paralisam o tráfego em rodovias de MG, PR, RS, RN e SC. O protesto foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte, movimento desatrelado aos sindicatos da categoria.

Em algumas regiões, como Minas Gerais, os manifestantes estacionam no acostamento ou no canto direito da pista, prejudicando o tráfego. No Paraná, os caminhoneiros bloqueiam totalmente trechos da BR-277 e BR-376. Já no Rio Grande do Sul, eles permitem a passagem de veículos leves e caminhões com cargas perecíveis. Os outros são abordados e convidados para aderir à paralisação. Em SC, motoristas são convidados a se juntarem a movimento.

Em fevereiro deste ano, os transportadores fizeram uma grande paralisação e na época, o governo se comprometeu em atender a uma série de reivindicações da categoria. Mas isso não aconteceu.

As lideranças já se manifestaram no sentido de que o governo de Dilma Rousseff não tem credibilidade para negociar e pedem a renúncia da presidente.

Além da renúncia de Dilma, os caminhoneiros querem a diminuição do valor do combustível, que, segundo a categoria, representa 60% do frete nas rodovias; criação de uma tabela única nacional de preços do frete baseada no km rodado. Hoje, o valor é calculado de várias formas, de acordo com o que é definido em cada estado. Em alguns lugares, por exemplo, o frete é pago levando em conta o peso e a mercadoria carregada; prorrogação de 12 meses das parcelas dos financiamentos de quem comprou caminhões pelo BNDES; obras para melhorar as condições das rodovias, principalmente as federais; aprovação das alterações na “Lei dos Caminhoneiros”, que prevê jornada fixa de trabalho de oito horas por dia, mais as duas horas extras. A categoria quer jornada de doze horas, mais duas horas extras; isenção de pedágios para eixos suspensos. Hoje, os caminhoneiros pagam por todos os eixos, mesmo vazios.

O movimento não tem adesão total dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização. Segundo nota da entidade, a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.

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