Conforme o blog havia afirmado ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou nesta quarta-feira (30), mais três pedidos de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff.
Diversos outros ainda tramitam e deverão ter o mesmo destino. Cunha deve determinar o arquivamento até mesmo do pedido assinado pelos juristas Hélio Bicudo, ex-dirigente petista, e Miguel Reale Júnior.
Segundo o script traçado, quando o presidente da Câmara determinar o arquivamento do pedido de Impeachment formulado por Bicudo e Reale, parlamentares do bloco pro-impeachment devem recorrer da decisão para dar continuidade ao processo que deve culminar com o afastamento de Dilma. Cunha não estabeleceu prazo para sua manifestação sobre os demais.
Esses três pedidos arquivados hoje tinham vícios formais insanáveis. Em dois deles não ficou comprovado o pleno gozo dos direitos políticos por parte dos requerentes e em outro os fatos eram imprecisos e as acusações vagas.
A previsão, segundo comenta-se em Brasília, é que até o início de novembro Cunha tenha decidido sobre todos os pedidos de impeachment contra Dilma.
A velocidade da decisão de Cunha depende de algumas variáveis, entre elas o resultado da "reforma administrativa", os desdobramentos da Lava-Jato e até mesmo as futuras decisões do TSE e do TCU, que podem complicar a vida de muita gente, inclusive Cunha.
Assim, enquanto Cunha mantém a pressão sobre Dilma, usando para isso a ameaça de abertura do processo de impeachment, a outra banda do PMDB, dirigida por Renan Calheiros trata de tosquiar a "presidenta", arrancando-lhe mais e mais fatias de poder.
Olhando o quadro geral, é inevitável a conclusão que Dilma devia renunciar. Ela, que já faliu até mesmo uma lojinha de "1,99", há tempos não governa nada, nem a própria vida e agora virou uma espécie de "cadáver-que-anda". Com a mesma popularidade que tem o Capitoro em casa de cristão, a delicadeza de um elefante em uma fábrica de cristais e o tirocínio político de um molusco, Dilma serve apenas aos interesses dos outros (de Lula, Renan, Mercadante, Cunha, etc). Deveria poupar-nos o sofrimento.
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