A turma do Governo do Pará esteve em Marabá na tarde desta quinta-feira (8). O objetivo ostensivo era reavaliar o Plano Plurianual Estadual e recolher sugestões para o Orçamento do Estado para 2014. Além disso, a delegação jatenista, chefiada por Sidney Rosa, um dos super-secretários de Jatene - considerado por muitos como a primeira alternativa tucana caso o Califa de Belém decida desistir da recandidatura - queria mesmo sondar o ambiente político e testar a temperatura da água na região.
No que diz respeito ao primeiro objetivo, a delegação deixou Marabá com a sacola cheia de demandas. De acordo com um tucanos bem-humorado, correram o risco de pagar excesso de bagagem na volta para Belém.
É que com aquele linguajar cheio de cerimônia e rapapés, as autoridades locais disseram ao Governo do Pará que será preciso parar com o lenga-lenga e realizar investimentos efetivos em educação, legalização fundiária, saúde, educação e segurança pública, isso para ficar apenas nos mais urgentes e emergentes.
É que com aquele linguajar cheio de cerimônia e rapapés, as autoridades locais disseram ao Governo do Pará que será preciso parar com o lenga-lenga e realizar investimentos efetivos em educação, legalização fundiária, saúde, educação e segurança pública, isso para ficar apenas nos mais urgentes e emergentes.
Só Beto Salame, secretário de Planejamento de Marabá e representante do prefeito João Salame na solenidade, apresentou quatro propostas. O secretário pleiteou a definição de quatro áreas para a construção de escolas estaduais – sendo uma escola de ensino técnico profissionalizante. Além disso, Beto quer a construção de um prédio para a 4ª Unidade Regional de Educação (4ª URE), a normalização do repasse da ajuda de custo para o Hospital Materno Infantil (HMI) e a construção do Instituto Médico Legal (IML) em local adequado.
“Essa revisão é uma oportunidade para Marabá incluir suas principais necessidades em áreas estratégicas como educação, segurança e infraestrutura. Essas são algumas das grandes necessidades do município e buscamos inseri-las no contexto estadual para que, mais tarde, possamos brigar – através de nossos representantes políticos – e exigir os investimentos previstos no PPA”, disse Beto Salame.
“Essa revisão é uma oportunidade para Marabá incluir suas principais necessidades em áreas estratégicas como educação, segurança e infraestrutura. Essas são algumas das grandes necessidades do município e buscamos inseri-las no contexto estadual para que, mais tarde, possamos brigar – através de nossos representantes políticos – e exigir os investimentos previstos no PPA”, disse Beto Salame.
Mas, teve todo tipo de proposta. Desde a ampliação do projeto moribundo Navega Pará, a implantação de um Pronto-Socorro e laboratório regional, até a criação de serviços de acolhimento a mulheres e migrantes, além da ampliação e manutenção do sistema de segurança pública e a liberação de mais fichas para confecção de cédulas de identidade.
A legalização das áreas nos bairros Liberdade e Independência, um pleito antigo dos marabaenses, de acordo com os técnicos de Jatene, só para 2015, ou seja, fica mesmo para o próximo governador - desde que não seja o tucano paraense - resolver.
Na área da educação, além de dizer que "vai analisar" a possibilidade de novo concurso público, a turma de Jatene, informou que o prédio da escola Anísio Teixeira será entregue somente em dezembro. Do "centro de convenções", a obra-prima de Jatene em Marabá, não se falou.
No mais, tudo indica que por orientação do tucano-mor e considerando o ano eleitoral que se aproxima, a turma do "Não", quer virar turma do "Talvez". Assim, trataram de evitar qualquer confronto com os "locais".
Olheiros foram enviados para conversar com autoridades estaduais que atuam na região e levaram um relatório alentado para Jatene. O que deve deixar ressabiado o governador é a popularidade de Salame - que beira 80% de aprovação - em Marabá e a latência do sentimento separatista na região. Combinados, esses dois elementos podem prenunciar sérias dificuldades para os candidatos apoiados pelos tucanos no Carajás, incluindo medalhões como Tião Miranda.
A ausência de lideranças expressivas de outros municípios também foi sintomática. Promessas não cumpridas e tratamento um tanto assimétrico para municípios explicam, em parte, o sumiço dos jatenistas.
Bem pensando, não deve ser mesmo nada fácil fazer a defesa de um governo que acumula alguns dos piores índices sociais, ambientais e econômicos. Basta lembrar que, nos últimos três anos, o Pará despencou da inglória 19ª posição no ranking do IDH nacional, para a vergonhosa 26ª posição!
Como se diz em Belém, "desse jeito, mano" fica difícil pensar em bom desempenho nas próximas eleições na seara tucana, aqui no Carajás. (Com foto de Helder Mesiahs/Ascom-PMM)
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