Na reta final da campanha em S.Paulo as candidaturas de Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) baixaram de vez o nível e travaram ontem (26) uma batalha de panfletos, notas oficiais e discursos agressivos. A assessoria de Serra chamou o petista de "delinquente" e acusou o PT de "espalhar faixas agressivas" e apócrifas contra o tucano.
"Quem quer ser prefeito não pode se apresentar como um delinquente que não respeita as leis municipais que conservam a cidade limpa", afirmou a nota tucana.
A campanha do PSDB atribui ao PT cartazes apócrifos em que uma foto antiga de Serra com uma arma é acompanhada dos dizeres "cúmplice da violência contra as mulheres" e "do extermínio da juventude negra e pobre". O PT negou ser o autor do material. Em nota, acusou Serra de promover "armação eleitoral" e agir com "desespero" e "baixo nível"."Chamar o adversário político de 'delinquente' comprova o incorrigível baixo nível, o reiterado desrespeito e o crescente desespero do candidato José Serra", disse o PT.
Pela manhã, Haddad atacou "sites falsos, boatos e panfletos apócrifos" que atribuiu a Serra. Afirmou que se sentia "violentado" pelos ataques e se comparou a moradores de rua e catadores, com quem se reuniu no centro.
"É um jogo pesado. Vocês são violentados nos seus direitos todo santo dia. Só estou sendo nos 60 dias de campanha", disse. "Eu me solidarizo com vocês, porque senti o gostinho do que que é sofrer na mão desse cidadão."
Em entrevista à tarde, Serra reagiu dizendo que "a especialidade do PT e do Haddad é fazer jogo baixo e acusar o adversário". "Não tem ninguém que jogue mais sujo do que eles", afirmou.
No Itaim Paulista, reduto do PT na zona leste, militantes distribuíram em postos de saúde um folheto feito de última hora para desmentir o discurso do PSDB de que Haddad acabará com as parcerias do setor público com a iniciativa privada na área.
O panfleto dizia que "a parceria com as irmãs Marcelinas é compromisso de Haddad" e que o petista, se eleito, reforçará o convênio, "ao contrário dos boatos criados pela campanha opositora".
Segundo militantes, foram 6.000 panfletos --de uma tiragem de 100 mil-- distribuídos no Itaim Paulista, onde o Santa Marcelina administra unidades de saúde.
O PSDB espalhou 100 mil santinhos com a imagem do ex-ministro José Dirceu e a mensagem "mensalão é 13", em referência ao número do PT. Imprimiu outros 100 mil panfletos para atacar o Bilhete Único mensal proposto por Haddad. De última hora, Serra prometeu ampliar para seis horas a validade do bilhete.
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