Algo de estranho ocorreu na noite de ontem (24) durante a transmissão do horário eleitoral gratuito, em Marabá, a cargo da RBA. Por artes de algum pequeno demônio, o programa da coligação Mudança Prá Valer, liderada por João Salame (PPS), não foi ao ar.
Em compensação, os adversários Tião Miranda (PTB) e Maurino Magalhães (PR) acabaram tendo seus programas reproduzidos duas vezes.
Telefones tocaram durante toda a noite. Eram advogados, políticos e jornalistas querendo saber o que, afinal de contas, tinha acontecido.
Muitas confabulações depois, é praticamente consenso que ocorreu realmente uma falha humana. Um operador distraído teria se confundido com os botões e acabando por prejudicar João Salame.
Por via das dúvidas os advogados de Salame já se preparam para uma verdadeira batalha em busca do tempo perdido.
A base da argumentação dos advogados é que, por erro humano, falha técnica ou pura má-fé, restou quebrado o princípio da igualdade, que rege o direito eleitoral. De acordo com este princípio, não pode haver benefício de um candidato em relação a outro sem que este tenha dado causa. Assim, lutarão para reaver o tempo, ou sendo isso impossível, retirar dos candidatos beneficiados o tempo equivalente ao que Salame perdeu.
A briga promete ser longa. Vamos acompanhar.
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