16 de agosto de 2012

Em Goiânia, despejados de casa de apoio, dependentes químicos passam a noite na rua



No jornal A Redação, de Goiânia, hoje (16):
Internos e funcionários do projeto Metamorfose (casa de apoio a dependentes químicos e moradores de rua) passaram a noite na rua depois de serem despejados da clínica que funcionava na Rua 57-A, Centro de Goiânia, que foi interditada pelo Ministério Público Estadual nesta quarta-feira (15).Mais de 60 pessoas, grande parte dependentes químicos, ficaram sem lugar para dormir. Enquanto a situação não se resolve, eles estão na rua com os móveis da casa. Segundo um dos internos, hoje eles se alimentaram na calçada, com marmitas que teriam sido entregue há dois dias. A Secretaria Municipal de Assitência Social (Semas), por meio da assessoria, informou que não foi notificada ainda.
De acordo com o Ministério Público, há dois meses o promotor Maurício Nardini acionou judicialmente o Estado de Goiás, a Prefeitura de Goiânia e a Associação Beneficente Metamorfose, pedindo a interdição da unidade e a transferência dos internos para instituição pública ou conveniada. Isso porque um laudo apontava risco de desabamento dos pavimentos térreo e superior, não oferecendo condições de segurança para os trabalhadores e internos.
Apesar disso, a Semas informou que ainda não foi notificada, mas ainda assim, procurou a Organização das Voluntárias do Estado de Goiás (OVG) para buscar ajuda. Por meio da assessoria informou que conseguiu 30 vagas sendo 15 na Casa Acolhida Cidadã e outras 15 em uma clínica de dependentes químicos em Brazabrantes, município localizado a 42 km de Goiânia.
Segundo a Semas, os internos ainda não foram questionados se querem ou não ir para os locais disponibilizados.
A presidente da clínica, pastora Sônia Maria Borges, conta que a noite foi horrível, mas que muitas pessoas estiveram no local para fazer doações de comida e cobertores. "Nós iremos improvisar na Casa da Acolhida, com colhões na área porque não cabe todo mundo. Ainda assim, tá bom porque pelo menos teremos banheiro, água e comida. Também iremos para um condomínio fechado próximo à Nerópolis e estamos fazendo a triagem para didvidir os moradores. Não é a decisão necessárias, mas uma solução imediata", finaliza.

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