João Salame (PPS), deputado estadual e candidato à prefeito de Marabá tendo como vice Luiz Carlos Pies (PT), divulgou aquilo que, acredito, serão os princípios a nortear seu programa de governo, como vocês podem ver no folder acima.
As prioridades de João apontam justamente para os pontos de estrangulamento no processo de crescimento de Marabá.
O transporte caótico, a cidade sem projetos estruturantes, a crise na saúde e na segurança, a baixa produção no campo... Todos são problemas a reclamar soluções quase que imediatas.
Mas, Salame percebe e quer que todos percebamos um perigo ainda maior.
Vejam bem.
Sem o apoio de Jatene - ainda que o "seu" candidato vença o pleito, por que raios Jatene investiria em uma cidade na qual tem mais de 80% de rejeição? - Marabá corre o risco de "inchar" sem crescer. Receber uma horda de migrantes, a exigir atendimento médico, emprego, moradia, vaga na escola ou na creche, e não ter condições de prover-lhes tudo isso é o pior dos pesadelos de qualquer gestor responsável.
Pior, contudo, é ver as oportunidades de desenvolvimento irem em direção a outros estados e cidades, deixando Marabá mais uma vez a esperar por uma redenção que demora demais a acontecer, tudo porque obras estruturantes que poderiam ser feitas pelo Governo do Estado do Pará foram postergadas!
Salame percebeu que corremos este risco e aponta para a necessidade estratégica (não meramente "tática", circunstancial, eleitoral) de construir pontes que liguem Marabá a Brasília. Será da parceria com o Governo Federal que Marabá poderá tirar forças para afirmar-se como a verdadeira cidade-líder do Estado de Carajás e preparar-se para um processo de crescimento sustentável de longo prazo.
Lendo corretamente o cenário futuro próximo, Dilma haverá de perceber que a conclusão da hidrovia Araguaia-Tocantins e a implantação da Alpa e, principalmente, do Polo Metal Mecânico, na região do Carajás é crucial para garantir o fortalecimento de sua posição política na região.
Perceberá também que é de seu total interesse o reordenamento geopolítico da Amazônia, com a criação de Carajás e Tapajós.
João Salame e Luiz Carlos abriram as portas e ofereceram à Dilma e ao Governo Federal uma oportunidade de ouro para que tornem-se realmente relevantes e influentes na região do futuro Estado do Carajás. O mínimo que se espera é que Dilma e seus ministros agarrem esta oportunidade e juntem-se àqueles que estão cansados do descaso com que Jatene e seus representantes brindam Marabá.
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