24 de julho de 2012

"Ele é um Cristo. Vive sofrendo na mão desse povo, como Cristo na cruz", diz pai de Cachoeira.


Assim que chegou ao prédio da Justiça Federal, em Goiânia (GO), nesta terça-feira (24) para acompanhar a primeira audiência dos envolvidos na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, a advogada que chefia a defesa de Carlinhos Cachoeira, Dora Cavalcanti, garantiu que o seu cliente irá depor amanhã. Ela negou que tenha formulado algum pedido para Cachoeira ficar calado e disse que o chefe mafioso irá responder os questionamentos.
Hoje, estão previstos os depoimentos de 14 testemunhas - 10 de defesa e quatro de acusação. Cachoeira e sua mulher, Andressa Mendonça, estão no local para acompanhar as oitivas. 
Segundo a advogada, o contraventor está deprimido, apesar de tomar medicamentos. "Quem conviveu com ele desde o tempo em que estava preso em Mossoró tem como afirmar que ele está extremamente debilitado", avaliou.Dora informou que a defesa irá questionar as interceptações telefônicas, que são muito amplas. "Não foi dada à defesa conhecer o universo global dos investigados", disse.
O pai de Carlinhos, Sebastião de Almeida Ramos, também acompanha as audiências na Justiça. Antes de entrar no prédio, ele afirmou que o filho não é bicheiro e nunca mexeu com jogo. "Tudo o que ele tem é porque eu passei para ele", justificou, ressaltando que a operação foi encomendada. "É só política." Questionado quanto à inocência do filho, foi categórico. "Inocência? Ele é um Cristo. Vive sofrendo na mão desse povo, como Cristo na cruz", destacou.
O depoimento de Cachoeira e outros réus na Justiça Federal em Goiás é fase fundamental para que o processo avance. As declarações do empresário são aguardadas com ansiedade, pois será a primeira vez em que ele falará sobre o caso. Durante a CPI, Cachoeira chegou a dizer que "ajudaria muito" às investigações, mas somente após sua audiência na Justiça.

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