Sob o título 'Gargalos representam golpe para Rio+20', um artigo do jornal britânico Financial Times (FT) desta sexta-feira lança dúvidas sobre a capacidade do Brasil - e em especial do Rio - de garantir a infraestrutura necessária à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos.
De acordo com o jornal, a conferência da ONU jogou luz sobre a rede de hotéis e transportes da cidade. 'Engarrafamentos entupiram a cidade, apesar de o governo ter declarado feriado escolar durante o evento' e delegações oficiais da Rio+20 'foram confrontados com preços de hotel extorsivos', diz o jornal.
O FT também coloca as tarifas de hotel como uma das causas da redução do número de líderes presentes à cúpula de 131 para 95.
O jornal colheu depoimentos entre altos funcionários da ONU, que não se identificaram, fazendo críticas à capacidade de organização da cidade.
Um deles, chegou a dizer que as autoridades brasileiras 'insistem em dizer que está tudo bem, quando não está'.Respondendo às críticas, o embaixador André Corrêa do Lago do Ministério dos Negócios Estrangeiros, principal negociador do Brasil na Rio+20, diz ao jornal que 'nenhum dos planos de infraestrutura no Rio de Janeiro foi feito para esta conferência. Está tudo planejado para 2014 e 2016, portanto, ainda há tempo.'
Um outro entrevistado pondera que não haverá jogos da Copa do Mundo perto do Riocentro, onde a Rio+20 é realizada, o que colocaria por terra os argumentos do embaixador.
O jornal diz ainda que, apesar de tudo, alguns problemas de organização 'foram capazes de divertir a plateia'.
'Quando Robert Mugabe, (presidente) do Zimbábue, começou a falar na sessão de abertura da conferência, a às vezes errática tradução do inglês nas telas do Centro de Convenções brevemente descreveu-o como o presidente da 'República de O.J. Simpson' '.
O.J. Simpson é o ex-jogador de futebol americano e ator acusado de ter matado a mulher em um famoso julgamento nos Estados Unidos em 1995
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