O financista R. Allen Stanford foi condenado a 110 anos de prisão nesta quinta-feira, por ter coordenado um esquema “Ponzi” no montante de US$ 7 bilhões. No Brasil, o esquema recebe o nome de "pirâmide". A pena representa, em termos práticos, prisão perpétua para ele, que tem 62 anos. Stanfford deverá cumprir, no mínimo, 20 anos de cadeia.
“Eu não conduzi um esquema ‘Ponzi’, eu não fraudei ninguém e nunca houve intenção de fraudar ninguém”, disse ele ao juiz distrital David Hittner, de Houston, Texas, antes de ouvir a sentença.
Em comunicado marcado por soluços e longas pausas para enxugar lágrimas, Stanford acusou o governo de usar “táticas da gestapo” e culpou as autoridades por bilhões de dólares em perdas em seus investimentos.
A pena de Stanford é 40 anos menor que a anunciada para Bernard Madoff, mas é mais de 100 anos superior à que seus advogados pediam.
Texano, Stanford passou de dono de academia de ginástica a controlador de um império que incluía bancos, companhias aéreas e o maior jornal da ilha caribenha de Antigua. Seus promotores o acusavam, no entanto, de ser o dono de “uma grande organização criminal internacional mascarada sob a forma de banco”.
Esquema Ponzi deriva do italiano Charles Ponzi, pioneiro na elaboração da fraude de pirâmide financeira, na qual um veículo de investimento usa o dinheiro de novos investidores para pagar retornos aos investidores mais antigos.
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