5 de abril de 2012
Nem o amargor da derrota é capaz de nos fazer esquecer o doce sabor das nossas vitórias. Flamengo, sempre!
Minha mãe costuma dizer que "quando a Necessidade entra pela porta da frente, o Amor mais fraco sai pela porta da cozinha, enquanto isso o Amor mais forte fica no meio da sala esperando a tormenta passar". Como se vê D.Júlia é sábia.
Com isso Mainha quer demonstrar que é fácil amar quando tudo vai bem; na tempo da prosperidade é fácil fazer juras de eterno amor. O diabo é fazer isso quando tudo vai mal. Aí os limites do amor são medidos e, algumas vezes, expandidos. Sim, porque da mesma forma que as vicissitudes da vida podem matar o Amor, também podem fortalecê-lo sobremaneira.
Falo isso porque, nos últimos quinze dias, o meu amor pelo Flamengo foi posto à prova duas vezes seguidas. Contra Olímpia e Emelec vivi a sensação mais surreal do mundo e que apenas o futebol pode proporcionar. Ir do Céu ao Inferno em poucos minutos, experimentando a gangorra emocional capaz de fazer disparar o coração e pará-lo em poucos instantes. O prazer de uma vitória quase conquistada substituído pelo gosto travoso e amargo de um empate e uma derrota jamais previstos e muito menos aceitos.
Penso que apenas o futebol é capaz de proporcionar este caleidoscópio de emoções genuínas e tão humanas.
Figurando a Vida, o futebol e, particularmente, o Flamengo nos ensina que nem mesmo o Maior do Mundo, do alto de sua glória imortal, é imbatível.
Mas, nossa grandeza imorredoura, que faz desaparecer os demais timecos que povoam o Planeta, não está apenas nas tantas vitórias épicas, nas surras impiedosas aplicadas com rigor e prazer nos coadjuvantes, nos inúmeros títulos estaduais, nacionais e internacionais que temos para mostrar, na lendária SeleMengo de 80.81 e 82 ou na figura de Zico, o Único Deus Futebolístico do Maracanã.
Nossa real grandeza está em sabermos nos levantar depois das quedas! Na capacidade de persistir sempre! Na luta desesperada pela Vitória, esta amante leviana e que, graças a Deus, trai muito mais os timecos sem tradição, história e torcida, que o Mengão Maior do Mundo!
Somos, em uma palavra, SUPERAÇÃO!
E Deus que os livre, timecos de meia pataca, de passarmos para a próxima fase da Liberta! Sim, ainda acredito que passaremos à próxima fase, contra tudo e contra todos, principalmente, contra nós mesmos!
Portanto, tremei, sacos de pancadas! Venceremos o Lánus, o Olímpia não vencerá o Emelec e o Mengão seguirá na Liberta rumo à Final.
Ao contrário daqueles que envergam a camisa feiona com um cruz (???) no peito, torço para que os toscos consigam chegar à final. Enfrentar os Eternos Vices é melhor que derrotar a Florzeca ou o Boquinha. Com os Eternos Vices é CERTEZA DE MAIS UM TÍTULO NO SANTUÁRIO DA GÁVEA E MAIS UMA PLÊIADE DE HERÓIS NO PANTEÃO RUBRO-NEGRO!
Para desespero dos invejosos e sem-time que vegetam por aí, nós que somos Flamengo nos alimentamos das vitórias, mas tal qual o sangue dos mártires cristãos era a seiva da Igreja primitiva, o sabor amargo da derrota retempera nossas forças, forja o espírito dos guerreiros rubro-negros e nos estimula a expandir ainda mais os limites de nosso Amor Forte, Imortal e Eterno pelo Mengo!
Feliz Páscoa a todos (até mesmo para os Eternos Vices...)!
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