19 de março de 2012

Pedido de vista suspende julgamento sobre liberdade de Carlinhos Cachoeira

O pedido de vista de uma desembargadora adiou nesta segunda-feira (19) a decisão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o conhecido Carlinhos Cachoeira.
Ele foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de fevereiro, em Goiânia, suspeito de chefiar uma quadrilha de exploração de jogos com máquinas caça-níqueis. Por questões de segurança, Cachoeira foi transferido para o presídio federal de segurança máxima em Mossoró, Rio Grande do Norte.No último dia 29, o advogado de Cachoeira, Ricardo Sayeg, disse que a prisão de Cachoeira foi “superdimensionada”. Para ele, "O crime estruturante, que é contravenção penal, deve ser punido com prisão simples. Me parece que o pedido de prisão preventiva é o cumprimento antecipado de pena", afirmou o advogado na ocasião - ele destacou que o cliente não tem tem antecedentes criminais.
Dos três integrantes da Terceira Turma, o relator do caso, desembargador Tourinho Neto, negou o pedido de liberdade feito pelos advogados do empresário no dia 1º de março. Mas a decisão definitiva foi adiada pelo pedido de vista - tempo para uma análise mais detalhada do caso - da desembargadora Assusete Magalhães.
A turma volta a se reunir nesta terça e é possível que o caso venha a ser retomado. Além da desembargadora, falta votar juiz federal convocado Evaldo de Oliveira Fernandes.
Segundo a Polícia Federal, o esquema de casas de jogos com máquinas caça-níqueis funcionava havia 17 anos, sob o comando de Cachoeira. De acordo com a superintendência da PF no Distrito Federal, o grupo que explorava jogos ilegais tinha cerca de 80 pessoas, das quais 40 agentes públicos (policiais civis, militares e servidores da Justiça) e 40 civis. Além disso, Cachoeira mantinha estreitas ligações com políticos tucanos,  peemedebistas e democratas de Goiás, entre eles o Governador do Estado, Marconi Perillo, o senador por Goiás, Demóstenes Torres e o atual prefeito de Aparecida de Goiânia e ex-governador Maguito Vilela.

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