No Jornal Opção, de Goiânia, hoje (1º):
A greve continua. Foi o que decidiram, em unanimidade, os professores e educadores da Rede Estadual de Educação em Assembleia realizada na manhã desta quinta-feira, 01. O encontro, realizado no Jóquei Clube de Goiás, reuniu cerca de 5 mil pessoas, incluindo dezenas de participantes vindos do interior do Estado, conforme informou o Sintego (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás).A decisão se dá no 24° dia de greve e depois de os professores terem o ponto cortado na folha de pagamento. Na última terça-feira, 28, o TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) se posicionou contrário à paralisação, mas suspendeu a aplicação de uma multa diária caso ela continuasse. Com os acontecimentos recentes, o coro dos professores parece ter engrossado.
O clima geral da Assembleia era de “união e indignação”, como definiu a assessoria de imprensa do sindicato. Alguns professores se manifestaram, emocionados, relatando as dificuldades com o corte nos salários do último mês e se referiram a uma tentativa de humilhação por parte do governo. Além dos representantes da educação, entidades civis e alguns políticos estiveram presentes no encontro, manifestando apoio à greve.
Durante a Assembleia, a presidente do Sintego, Iêda Leal, declarou que o corte do ponto não interromperá a greve, mas sim, um acordo com o governo estadual. Essa negociação estava prevista para esta semana, mas o Ministério Público informou ao sindicato que o governador Marconi Perillo só se manifestaria após uma reunião agendada para ontem (29), com o governo federal. Até o momento, a entidade não tem novas previsões para as negociações.
Após a decisão sobre a continuidade da paralisação, os professores saíram em passeata, passando pela Assembleia Legislativa e o Palácio Pedro Ludovico.
Já a Seduc (Secretaria Estadual de Educação) informou, por meio de nota, que o governo confia no bom senso dos professores e que aguarda o retorno destes às salas de aula para que possam atender plenamente aos estudantes. Também foi declarado que o corte de pontos será mantido e os dias letivos perdidos serão repostos durante o mês de julho, nos horários regulares e sem aulas aos sábados.
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