As negociações começaram na semana passada, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo. Serra enviou como emissário o ex-vice-governador Alberto Goldman para o encontro reservado com Alckmin. O representante de Serra apresentou uma lista com quatro condições de Serra para sair candidato. Em primeiro lugar, não ter de disputar a vaga com nenhum outro membro da sigla, o que na prática significa enterrar de vez as tais prévias, marcadas para o dia 4 de março. Em segundo, apoio total do governador em sua campanha, atraindo partidos da base aliada e participando ativamente de atos públicos. Terceiro, liberdade para escolher o seu vice, o que na prática lhe dá a possibilidade de colocar alguém de confiança para que possa partir, em 2014, para outros projetos, como a Presidência da República. E, por fim, o controle da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
Em troca, Serra oferece um nome com 46% das intenções de voto, rejeição relativamente baixa, o apoio do PSD de Kassab e o desmantelamento da candidatura de Fernando Haddad (PT). Restará o adocicado Chalita (PMDB) como opositor com algum peso. Parece uma troca justa.
Geraldo Alckmin garantiu que durante o feriado de carnaval conversará pessoalmente com José Serra e deverá bater o martelo. O único item ainda pendente é questão da secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, menina dos olhos de Alckmin.
No domingo passado, em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, o sempre bem informado Ciro Gomes (PSB) afirmou saber de fonte segura que Serra será o candidato tucano em S.Paulo. Na avaliação de Ciro, Serra é imbatível na capital paulista.
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