12 de fevereiro de 2012

No Pará, Vale adia Alpa para 2016. Diretor da mineradora afirma que Governo jamais propôs parceria na Hidrovia

Como este blog havia informado (leia aqui), a Alpa ficará mesmo para 2016. Esta semana, a Vale, durante evento no qual apresentou mudanças no staff, confirmou que o novo cronograma da mineradora já prevê um atraso considerável nas obras da siderúrgica e prepara a Estrada de Ferro Carajás, que está sendo duplicada, para ser usada como escoadouro da produção de alumínio.
José Carlos Soares (na foto), diretor-presidente da Alpa, informou que a mineradora já prepara-se para construir outro terminal portuário visando garantir o transporte final da produção da siderúrgica.
O mais assustador, contudo, foi ouvir José Carlos afirmar que jamais a Vale foi convidada a participar da construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins. A afirmação contrasta fortemente com o posicionamento externado pelo ministro dos Transporte, Paulo Sérgio Passos e pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Os ministros, em ocasiões diferentes, afirmaram que a parceria com a Vale tinha sido objeto de discussão do Governo Federal com a mineradora e esbarrava apenas na questão dos custos elevados do empreendimento. Por conta disso, afirmaram os ministros, foi determinado que novos estudos de readequação de custos da hidrovia fossem realizados.
A informação de José Carlos Soares é uma ducha de água fria na expectativa de termos a construção da hidrovia em um futuro próximo. Apenas a conjugação de esforços dos Governos Federal e Estadual poderia trazer a Vale para o projeto. Mas, por diferentes motivos, Dilma e Jatene não têm maior interesse na Hidrovia.
Está nas mãos da classe política da região de Carajás tornar a hidrovia o item primeiro na pauta de reivindicações, pressionar Dilma e confrontar Jatene para que CUMPRA O SEU PAPEL COMO GOVERNADOR DE TODO O ESTADO DO PARÁ E NÃO APENAS DO "PARAZINHO"!
Não podemos esquecer que nesta luta, poderemos contar com dois aliados importantes. Jader Barbalho, que voltou ao senado e Ana Júlia Carepa. Que os políticos locais acionem todos os contatos federais e estaduais para garantir este empreendimento, sob pena de vermos Marabá, o "Tigre da Amazônia", deixar de rugir e passar a ronronar como um gatinho.

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