29 de janeiro de 2012

Uma tarde muito agradável com Fontelles; ou A "longa marcha" de Almir começou...

Tarde de sábado agradável na Orla, ao lado de Antônio Fontelles.
Papo da melhor qualidade sobre tudo aquilo que foi, é ou será.
Falamos sobre Devassa (a cerveja, bem entendido), Salinas (uma das expressões do Paraíso), Belém (a cidade linda mais mal amada do Mundo), gastronomia (ante-sala do pecado da Gula) e, por óbvio que seja, política. Muita política!
É sempre bom ver o mundo da política pelos olhos dos outros, não é?
Acaba fornecendo material farto para as análises necessárias.
Fontelles integra o grupo mais próximo ao ex-governador e provável candidato à prefeito de Belém, Almir Gabriel e me diz que o homem está com a corda toda.
As pesquisas para consumo interno do PTB, partido de Almir, mostram que a pré candidatura foi muito bem recebida pelo eleitor.
"Como governador do Estado, Almir foi o melhor prefeito que Belém já teve em 40 anos", é a explicação de Fontelles.
Impossível discordar.
Explica-me também a desistência de Flexa Ribeiro. Foi a base de Flexa que desertou primeiro e desertou para apoiar Almir! Flexa não tinha como manter a candidatura. Um sábio, este Flexa.
Metade do PSDB/Belém também já decidiu que não bate contra Almir. Até secretários estaduais já declararam que não podem ir à Almir, mas que as bases estão liberadas.
Por outro lado, a crise ameaça instalar-se no salão de festas do "Condomínio Pará", aquele criado pelo Califa no improviso da vitória improvável.
O PMDB busca de todas as formas um álibi para alçar voo solo. A disputa por Ananindeua parece bom o suficiente. De quebra, cria mais uma quizila na Assembleia Legislativa. Tudo para inflar o projeto "H" (de Hélder, o novo segundo o Evangelho dos Barbalho).
O PDT já saiu do ninho tucano. Parte do PPS também. E agora até o PR discute se, afinal de contas, é mesmo um bom negócio amarrar seu destino ao governo Jatene!
A candidatura de Arnaldo Jordy ameaça naufragar antes mesmo de começar a navegar pelas águas turvas do Guajará.
Por tudo isso, percebo em Fontelles o otimismo contido de um articulador experiente e calejado nas lutas encardidas da política paraense.
Pergunto por que um homem que marcou sua passagem na história como senador, governador e até candidato a vice-presidente, precisa descer à arena para combater de novo.
A resposta vem rápida: "Almir sabe que pode fazer muito por Belém e Belém sabe que Almir é capaz de fazer."
Mas, ponderar é preciso.
Edmilson segue à frente.
Jordy tem carisma e muito voto.
Jatene tem a caneta cheia de tinta e a disposição para usá-la em favor de Zenaldo "2.5%" Coutinho.
Priante tem, agora, em Jáder um padrinho rico.
Puty ou Alfredo Costa terão o PT a apoia-los.
Ou seja, a caminhada será longa e cheia de obstáculos para Almir. Mas, quem discorda que a mera possibilidade de Almir concorrer foi suficiente para mudar significativamente o cenário em Belém? Considerando que o velho Mao esteja certo, o primeiro passo da "longa marcha" Gabriel já deu e parece reunir todas as condições para chegar bem longe.

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