23 de janeiro de 2012

Mas já? Futura presidente da Petrobras esteve envolvida em denúncia de favorecimento a empresa do marido, diz O Globo


Vejam lá.
O blog anunciou na madrugada de sábado para domingo a substituição de Sérgio Gabrielli na presidência da Petrobras por Graça Foster, fato devidamente confirmado hoje pelo Planalto em nota oficial. Um amigo e leitor do blog mandou-me um link curiosíssimo sobre a futura presidente da estatal, publicado em novembro de 2010 pelo jornal O Globo. As denúncias não foram apuradas e acabaram um tanto esquecidas. Mas, convenhamos, existe no caso, no mínimo, grave conflito de interesses.
Bem, leiam e tirem suas conclusões. Acesse o link d'O Globo AQUI :Petrobras fecha contratos com marido de diretora cotada para Gabinete de Dilma
A Petrobras assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, com a empresa do marido de Maria das Graças Foster, cotada para assumir uma vaga no Ministério de Dilma Rousseff.
Conforme o jornal "Folha de S.Paulo" publicou na edição de domingo, os contratos com a C. Foster, do empresário Colin Vaughan Foster, foram firmados a partir de 2007, quando Maria das Graças assumiu o cargo de diretora de Gás e Energia da estatal. Anteriormente, a empresa só havia efetuado uma venda sem licitação para a Petrobras.
Os contratos somaram R$ 614 mil e foram referentes ao fornecimento de componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção. Em 2004, Maria das Graças chegou a ser envolvida em denúncia de suposto favorecimento à empresa do marido, enviada à Casa Civil.
O então ministro José Dirceu pediu explicações ao Ministério de Minas e Energia, então sob o comando de Dilma. Na época, por meio de ofício, a Petrobras disse ter encontrado indícios de que os contratos renderam prejuízos, mas que não obteve provas de má-fé ou de obtenção de vantagem financeira
A divulgação dos contratos provocou reação da oposição:
- É mais um sinal de que devemos trabalhar para que a Petrobras seja reestatizada. A empresa está servindo a negócios privados. O caso abre ainda mais os olhos da oposição, que tem o papel de assegurar a transparência nos negócios executados pela estatal - disse ontem o deputado federal tucano Otávio Leite (RJ). líder da minoria no Congresso.
Em nota, a Petrobras negou favorecimento à C. Foster e irregularidade nos contratos. De acordo com a estatal, as 20 compras "foram realizadas por dispensa de licitação, pois os valores foram abaixo de R$ 10 mil. As demais foram feitas por meio de processo licitatório".
Ainda segundo a estatal, a C.Foster não foi a vencedora "em mais de 90% das licitações que participou e, de 2005 a 2010, as compras somaram R$ 614 mil, contra os cerca de R$ 50 milhões que a estatal adquiriu no período de outras empresas". A nota afirma que "as compras foram feitas por quatro áreas da Companhia", nenhuma vinculada à diretoria de Gás e Energia.

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