2 de janeiro de 2012

Analistas do mercado financeiro projetam inflação menor em 2012


Depois de, em 2011, ter dado mostras que pretendia libertar-se, o dragão da inflação aparentemente voltou a ser contido pelas medidas econômicas do Governo. Pelo menos assim acreditam os operadores do mercado financeiro. O controle dos gastos públicos e o superávit primário são essenciais para garantir a queda da taxa básica de juros, a Selic, principal instrumento de combate à inflação do governo brasileiro.
Segundo a Agência Brasil, a projeção de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, caiu pela quinta semana consecutiva. Desta vez, a estimativa passou de 5,33% para 5,32%. Para 2011, a projeção voltou a subir, pela terceira vez seguida, ao passar de 6,54% para 6,55%. A estimativa para o IPCA está, portanto, acima do limite superior da meta de inflação (6,5%), que tem como centro 4,5%. Na próxima sexta-feira (6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o IPCA de 2011.
Caso o IPCA ultrapasse o teto da meta o presidente do BC, Alexandre Tombini, terá que justificar o que motivou o aumento da inflação, em carta aberta ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. Essa justificativa teve que ser feita para os anos de 2001, 2002 e 2003.
O principal instrumento usado pelo BC para alcançar essa meta de inflação é a alteração na taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 11% ao ano. A expectativa a taxa ao final de 2012 permanece em 9,5% ao ano.
A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que subiu de 5,2% para 5,22%, em 2012. A expectativa para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), neste ano, foi mantida em 4,99%. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), o ajuste foi de 5,07% para 5,08%.
A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 6,1%, em 2011, e em 4,5%, neste ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.

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