13 de novembro de 2011

Ophir, aquele que marcha contra corrupção, recebe mais de R$1 milhão de forma ilícita! E agora, OAB?

Definitivamente o mundo anda de pernas para o ar.
Até pouquinho tempo atrás a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) era sinônimo de seriedade, lisura, retidão de princípios, defensora da democracia.
Vejam que isso era uma contradição aparente considerando que a OAB congrega, afinal de contas, advogados!
Mesmo assim, a OAB cumpria papel importante na defesa das liberdades democráticas.
Mas, de uns tempos para cá, tudo mudou e a expressão "mar de lama" pode muito bem ser empregada para descrever a situação da entidade. Ali acontecem coisas, hoje, que estão fazendo Sobral Pinto revirar-se várias vezes no túmulo.
Recentemente, a Seccional do Pará da OAB teve sua diretoria destituída por corrupção e fraude envolvendo a venda de um terreno em Altamira. Jarbas Vasconcelos foi afastado r a OAB/PA está hoje sob intervenção da OAB Federal.
Agora, é a OAB Federal que está sob investigação. Mais precisamente seu presidente, o paraense Ophir Cavalcante Júnior.
Este moço aí em cima na foto.
Ele recebe, de forma ilegal, salários de 20 mil reais do Governo do Pará. Isso ocorre há 13 anos!
Descoberta a sujeira, deverá ser investigado e, possivelmente, condenado. Deveria renunciar imediatamente à presidência da OAB. A história da entidade merece respeito.
Já tive a oportunidade de contestar as ideias do "Ophirzinho" como é chamado.
Ele é metido a ser palmatória do mundo. Com discurso farisaico, Ophir adora fazer marchas. Já marchou contra a corrupção. Marchou contra Belo Monte e contra Carajás e Tapajós.
Está na hora dos advogados sérios marcharem contra ele!
Leia a matéria do Diário do Pará na íntegra:

O presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, é acusado de receber licença remunerada indevida de R$ 20 mil mensais do Estado do Pará, de acordo com informações divulgadas hoje (13), na Folha de São Paulo.
Em meio à crise entre a OAB nacional e a seccional Pará, que está sob intervenção, dois advogados paraenses entraram com a proposta de uma ação civil pública, na semana passada. O Conselheiro da OAB-PA Eduardo Imbiriba de Castro é um dos autores desta ação, a qual aponta que o também paraense Ophir Cavalcante está em licença remunerada do Estado há 13 anos, ainda advogando para clientes privados e empresas estatais. Cavalcante é procurador do Estado do Pará e a condição desta licença não seria permitida pela legislação estadual, de acordo com a ação.
Os autores querem a devolução ao Estado dos benefícios acumulados, que já somariam cerca de R$ 1,5 milhão. Segundo Imbiriba, Cavalcante tirou a primeira licença remunerada em fevereiro de 1998 para ser vice-presidente da OAB-PA.
A Procuradoria prorrogou o pagamento de licença remunerada por mais três anos quando Ophir Cavalcante elegeu-se presidente da seccional Pará, em 2001. O benefício foi novamente concedido quando ele se reelegeu em 2004. Renovações também ocorreram quando Cavalcante virou diretor do Conselho Federal da OAB, em 2007, e quando alcançou o cargo de presidente nacional da Ordem, em 2010.
Os advogados autores da ação destacam que a lei autoriza o benefício para mandatos em sindicatos, associações de classe, federações e confederações. Eles alegam ilegalidade apontando que a OAB não é órgão de representação da classe dos procuradores, ressaltando ainda que a lei só permite uma renovação da licença remunerada.
Ao ser procurado pelo Grupo RBA , o assessor de Ophir Cavalcane informou que o presidente nacional da OAB está em um vôo vindo de Lisboa, que deve chegar em Brasília por volta das 19h. Ele deve prestar maiores esclarecimentos ao chegar no país.
Ophir Cavalcante é um dos organizadores de uma manifestação realizada em Belém-PA, intitulada Marcha Contra a Corrupção. Até o momento, o site da OAB ( www.oab.org.br) não traz nenhuma informação ou explicação sobre o assunto. Um dos destaques do site é um projeto chamado Observatório da Corrupção.

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