A juíza titular da 100ª Zona Eleitoral de Marabá, Drª Claudia Favacho, acaba de exarar sentença na qual acolhe as razões do Ministério Público para condenar Maurino Magalhães (na foto acima), prefeito da Cidade, por crime eleitoral e determinar a cassação do mandato e o afastamento imediato do gestor.
O processo contra Maurino arrasta-se desde 2009 e já causou seu afastamento em janeiro passado. Reintegrado por ordem do Tribunal Regional Eleitoral, Maurino continuou exercendo o cargo. Agora, com a sentença condenatória terá que conseguir outra liminar para retornar ao cargo.
Ele é acusado de abuso do poder econômico por manejar recursos não-contabilizados na campanha de 2008, conhecido como "Caixa 2". O dinheiro teria vindo de um empresário de Parauapebas, Abimael Rocha, que acabou denunciando o esquema fraudulento.
Com a cassação de Maurino, assume interinamente o presidente da Câmara Municipal, vereador Nagib Mutran.
O blog esteve em contado com o parlamentar que disse que se manifestará apenas quando for oficialmente comunicado da decisão judicial.
O blog também tentou ouvir Maurino Magalhães mas nenhum assessor foi localizado para comentar a cassação.
Agora, Maurino terá três dias úteis à contar da notificação, para ingressar com Recurso Especial. Quando de seu afastamento anterior, como não havia sentença condenatória foi relativamente fácil a obtenção da medida liminar de reintegração ao cargo; desta vez, tendo contra si sentença condenatória, será mais difícil para Maurino conseguir o mesmo benefício.
Caso Maurino não consiga ser reintegrado ao cargo, a Câmara Municipal deverá promover eleição indireta para escolher um prefeito que ocuparia o cargo pelo período remanescente.
Contudo, há quem argumente que, como Maurino não atingiu 50% mais um dos votos de Marabá nas eleições de 2008, o segundo colocado, deputado estadual João Salame Neto deveria ser empossado.
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