24 de setembro de 2011

Ana Júlia na fila e na chuva

Diz-me alguém mais experiente que o conhecido adágio segundo o qual "em político que perde eleição nem o vento bate nas costas", somente é conhecido por ser absolutamente verdadeiro.
Que o diga a ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT).
Depois de perder (para si mesma, diga-se) a reeleição no Pará, tinha-se a expectativa que seria chamada para cargo relevante no governo Dilma (por sinal, integrante da mesma tendência - espécie de "partidos dentro do partido" tolerados e incentivados pelo PT- a Democracia Socialista).
Mas isso não aconteceu.
Pelo menos até agora, Ana Júlia ficou exposta ao sol, à chuva e ao fogo amigo.
Recentemente, Ana conseguiu ser recebida pelo ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, mas vem levando um "chá de cadeira" de Mirian Belchior, a poderosa Ministra do Planejamento.
Ana pretendia discutir com a ministra a implantação da Hidrovia Tocantins-Araguaia, mas foi devidamente atropelada pela iniciativa de Jatene que arrebanhou parlamentares paraenses, o prefeito de Marabá, Maurino Magalhães e Ítalo Ipojucan, da ACIM e conseguiu ser recebido por Paulo Sérgio Passos, Ministro dos Transportes e arrancou o compromisso do Governo Federal em construir o porto de Marabá e encontrar uma saída que garanta a construção da hidrovia. Para melhorar a coisa para os lados de Simão, o investimento do Governo do Estado será muito menor que o previsto nas duas obras.
Como Paulo Sérgio Passos pediu prazo de 60 dias para dar resposta, ainda há tempo de Ana Júlia ser recebida por Miriam Belchior para salvas as aparências.
É dura a vida para quem perde a eleição!

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