Os deputados estaduais da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico Humano trabalham com a hipótese de que a mulher identificada até agora como "Ane", que está sendo procurada pela Polícia, possa estar a serviço de facções criminosas que atuam nos presídios do Pará.
Se confirmada a suspeita, o papel de "Ane" seria o de levar mulheres, adultas e adolescentes, para fazer programas sexuais com os detentos como "prêmio" oferecidos pelas organizações, entre as quais o temido PCC (Primeiro Comando da Capital), com forte atuação nas cadeias de São Paulo e presente em outras capitais.
A informação foi dada, ontem, pelo deputado petista Carlos Bordalo (no centro da foto acima). À tarde, ele e os também deputados João Salame (PPS), presidente da CPI, Celso Sabino (PR), Edilson Moura (PT) e Edmilson Rodrigues (Psol) ouviram os depoimentos de dois presos, quatro agentes prisionais e dois dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Pará, aos quais os agentes são filiados. Os parlamentares investigam a denúncia de tráfico humano dentro da Colônia Agrícola Heleno Fragoso, onde uma adolescente de 14 anos disse que foi abusada sexualmente pelos internos durante quatro dias.
A polícia paraense chegou a anunciar a prisão de uma mulher que corresponderia à descrição de "Ane", mas ela não foi identificada pela menor ou pelos agentes de plantão na casa penal e acabou sendo liberada depois de prestar depoimento.
(Com informações do jornal Amazônia)
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