30 de agosto de 2011

Caos na Saúde - Mais um recém-nascido morre por falta de atendimento

O Liberal desta terça tem como manchete a morte da criança que nasceu dentro de um táxi na porta de outra maternidade em Belém. Na terça (23) a mãe dos gêmeos não foi a única que teve negado atendimento médico.  Outra paciente grávida também foi rejeitada na clínica "Santa Clara". A criança acabou nascendo dentro de um táxi e só então foi recebida na Santa Casa. A mãe registrou ocorrência e o fato será investigado pela DIOE.
Enquanto isso, a Secretaria Estadual de Saúde tenta estabelecer alguma ordem no caos.
Segundo o secretário Hélio Franco, a partir de agora a Santa Casa ficará apenas com o acompanhamento de gestações de risco. Gestações e partos considerados normais serão direcionados para outros hospitais conveniados ao SUS.
Franco disse ainda que os convênios serão firmados com base na "satisfação do usuário" e do "funcionamento efetivo". Para ele, "não basta apenas firmar o acordo, tem que acompanhar, ver se está dando certo."
Franco acaba de descobrir a pólvora.
Quer dizer que crianças precisam morrer para que se enxergue o óbvio?
Sendo a Santa Casa hospital de referência é incrível que Franco não tivesse tomado a providência de destina-lo aos casos mais complexos.
E que história é essa de "satisfação do usuário" e "funcionamento efetivo"?
Sendo esses os critérios que passarão a ser utilizados, não consigo imaginar quais eram os critérios anteriores.
Quanto a ter que "acompanhar, ver se está dando certo", quer dizer que o serviço prestado não vinha sendo fiscalizado? Desde quando? De quem é a responsabilidade pela fiscalização? Quando essa pessoa será ouvida pela DIOE?
Franco precisa parar de falar. Cada vez que abre a boca nos oferece um novo "momento Ofélia".

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