23 de fevereiro de 2019

"Prudência e cautela", diz delegado-geral sobre investigação da morte do "Gordo do Aurá"


A Polícia Civil do Pará prestou esclarecimentos, nesta sexta-feira (22), em coletiva de imprensa, sobre as investigações da morte do vereador de Ananindeua e acusado de ser traficante de drogas, Deivite Wener Araújo Galvão, o “Gordo do Aurá”. Durante a entrevista, o delegado-geral Alberto Teixeira disse que a Polícia Civil investiga o caso através da Delegacia de Homicídios de Agentes Públicos (DHAP). O objetivo é apurar qual a motivação da execução, primeiro passo para identificar os executores. O caso está sendo investigado com prudência e cautela, garante Teixeira.



Segundo o delegado-geral, “Gordo do Aurá” entrou com sua mulher, a ex-mulher e a filha, às 12h50, no Pronto Socorro Municipal do Umarizal em Belém, onde a filha dele foi receber atendimento médico. Ele permaneceu no local, por cerca de duas horas e meia.

Às 15h27, Gordo deixou o local acompanhado da atual mulher e do motorista. Ele estava sentado no banco da frente ao lado do motorista, enquanto que a esposa ficou no banco de trás. Assim que o vereador saiu do PSM, os criminosos o seguiram.



Cerca de dez minutos depois, os assassinos interceptaram o carro da vítima e o balearam na Avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira. Sobre os veículos usados no crime, Alberto Teixeira relata que eram dois carros, um deles modelo Prisma prata e outro modelo HB-20 cor prata.

Os veículos, segundo Alberto Teixeira, estão diretamente ligados ao crime que levou o homicídio do vereador. A Polícia Civil está diligenciando nas investigações, por meio de pessoas próximas, o retrato falado dos envolvidos e imagens dos veículos no local do fato. Para o diretor de Polícia Especializada (DPE), delegado Sérvulo Cabral, após a perícia ser concluída pela equipe de peritos criminais do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves, foram constatadas 31 perfurações no carro. Do total, 17 atingiram a vítima.



Em relação à inscrição “CAR” que consta no para-brisas do veículo que conduzia a vítima, o diretor do Núcleo de Inteligência Policial, delegado Samuelson Igaki, relatou que a palavra foi escrita a giz para indicar que o carro foi locado. O fato não tem relação a facção criminosa nem a código para entrar no bairro do Aurá em Ananindeua.

Na coletiva, foi esclarecido ainda que o motorista faz parte de um aplicativo de transportes, porém, na ocasião dos fatos, ele não estava dirigindo com o apoio do aplicativo, pois comumente realizava serviços para a vítima.

Em relação aos depoimentos dos envolvidos, Alberto Teixeira afirmou que, até agora, “somente o motorista e algumas pessoas que presenciaram o acontecimento deram depoimentos, mas que o caso está sendo observado com cautela e prudência”, ressaltou.


(Com informações e imagens da Ascom/PC)

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