Os moradores alegam, ainda, que sem a colocação de filtros, a água que chega às torneiras é imprópria ao consumo.
Logo um grande engarrafamento de veículos se formou nos dois sentidos da rodovia e a interdição se estendeu por toda a manhã. Os manifestantes somente liberaram a via após a confirmação de que as bombas já estavam sendo recolocadas.
Em nota à imprensa, a Prefeitura de Marabá justificou a demora em resolver o problema e esclareceu que enviou uma equipe técnica da Secretaria de Obras para solucionar o problema, mas foi constatado "que o transformador havia sido danificado e toda a fiação elétrica das bombas havia sido furtada".
Ainda segundo a Prefeitura, foram iniciados os reparos de emergência, mas "em uma das bombas, o cabo foi rompido na base do aparelho de sucção, sendo necessária a retirada do equipamento".
A Prefeitura afirma que colocou à disposição dos moradores do Residencial Tiradentes um caminhão limpa-fossa "a fim de minimizar os transtornos".
Em sua nota, a Prefeitura se isenta de responsabilidade pelos problemas encontrados no Tiradentes e lembra que a obra ainda está na garantia de cinco anos, cabendo à HF, construtora que executou a obra, reparar os defeitos.
A Prefeitura tem lá suas razões.
Inaugurado em 2013, o residencial sempre apresentou diversas falhas graves. Quando foi construído, ainda no governo do prefeito Maurino Magalhães, não foram destinadas áreas para creches, escolas e posto de saúde. O terreno era considerado inadequado por ser alagadiço e o asfaltamento foi de péssima qualidade. Logo apareceram problemas com o abastecimento de água e com a coleta de esgoto sanitário.
O prefeito João Salame garantiu a construção de creche e escola no residencial, além de disponibilizar coleta de lixo e linhas de ônibus para atender o residencial. Salame também pressionou a HF para que assumisse suas responsabilidades. Em 2014, foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual a construtora se comprometia a solucionar as falhas, mas nem mesmo o Ministério Público foi capaz de fazer a HF cumprir o acordado.
Bola da Vez - Agora, depois de minimizada a crise no Tiradentes, outro residencial pode causar transtornos em Marabá. Desta vez, os moradores do Residencial Tocantins podem interromper a BR 222 nos próximos dias. Eles cobram das autoridades municipais o cumprimento de um acordo firmado meses atrás que previa a instalação de bombas d'água e transformadores elétricos. Os transformadores foram instalados, mas as bombas ainda não.
Uma liderança do Residencial Tocantins garantiu ao blog que é grande a insatisfação no Tocantins e que a maioria reconhece que a HF precisa ser responsabilizada. Mas, os moradores cobram uma ação mais efetiva da prefeitura e do MP no sentido de processar a construtora e obrigá-la a realizar os reparos necessários nos dois residenciais.
Leia a seguir a Nota Oficial da Prefeitura de Marabá:
NOTA
DE ESCLARECIMENTO SOBRE O RESIDENCIAL TIRADENTES
No último dia 28 de novembro, a Sevop (Secretaria Municipal de
Viação e Obras Públicas) foi informada de que um caminhão teria colidido com os
postes de energia que alimentam duas bombas hidráulicas no Residencial
Tiradentes.
Imediatamente a Sevop enviou equipe técnica ao local onde ficou
constatado que o transformador havia sido danificado e toda a fiação elétrica
das bombas havia sido furtada.
A equipe, então iniciou os serviços de emergência para a
regularização do abastecimento de água. Foi feita uma ligação provisória, mas
logo se constatou que, em uma das bombas, o cabo foi rompido na base do
aparelho de sucção, sendo necessária a retirada do equipamento. No momento, o
serviço de recuperação está sendo realizado.
No tocante ao esgoto, a Sevop já disponibilizou um caminhão
limpa-fossa exclusivamente para o Residencial Tiradentes a fim de minimizar os
transtornos.
Vale lembrar que todas as demandas do Residencial Tiradentes,
inaugurado em junho de 2013, são de responsabilidade da empresa HF Engenharia,
que construiu o conjunto, uma vez que a obra ainda está na garantia de cinco
anos, conforme contrato com o Governo Federal.
Essa construtora, entretanto, apesar de já ter assinado TAC (Termo
de Ajustamento de Conduta) diante do Ministério Público Estadual, nunca
procurou reparar as falhas detectadas após a entrega das 1.400 unidades
habitacionais.
Já a Prefeitura de Marabá jamais se furtou em prestar assistência
aos moradores do Residencial Tiradentes, sempre que solicitada, a fim de não
deixar a população daquele residencial desassistida.
ASCOM-PMM

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