19 de janeiro de 2016

"Evandro Chagas" participa do desenvolvimento de teste que identifica zika, chikungunya e dengue de forma simultânea

O Ministério da Saúde vai adquirir 500 mil testes nacionais de biologia molecular para a realização de diagnóstico de zika, chikungunya e dengue até o final deste ano, desenvolvidos pela Fundação Oswaldo Cruz. Os novos testes permitem realizar a identificação simultânea do material genético dos três vírus, evitando a necessidade de três testes separados.

Técnicos paraenses do Instituto Evandro Chagas participam do desenvolvimento dessa nova tecnologia. É que a Fiocruz, que coordena a pesquisa e distribuição do novo tipo de teste, conta com cinco dos chamados laboratórios sentinelas de referência, entre eles o Instituto Evandro Chagas, no Pará. No Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco e São Paulo (Instituto Adolfo Lutz), estão localizados os demais laboratórios que são responsáveis pelo desenvolvimento do novo teste e pela transferência da tecnologia e capacitação dos técnicos.

“O teste é fundamental do ponto de vista de estratégia de saúde pública, com uma vantagem extraordinária ao realizar o diagnóstico simultâneo em vez de fazer três testes separadamente, além de diminuir os custos com a implementação da tecnologia brasileira para o desenvolvimento do teste”, ressaltou o ministro da Saúde, Marcelo Castro, neste sábado (16), no Rio de Janeiro (RJ).

O comentário foi feito pelo ministro durante a visita às instalações dos laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A previsão é que as primeiras 50 mil unidades do novo tipo de teste comecem a ser distribuídos a partir de fevereiro para os laboratórios estaduais. Atualmente, o diagnóstico do vírus Zika é realizado com uso da técnica de RT-PCR em Tempo Real, que identifica a presença do material genético do vírus na amostra. São usados reagentes importados e, para descartar a presença dos vírus dengue e chikungunya, é necessário realizar cada exame separadamente.

Os testes serão distribuídos aos Laboratórios Nacionais de Saúde Pública (LACENs). Além do fornecimento de insumos, o acordo prevê também o treinamento e a assistência técnica permanente, garantindo as condições necessárias para a execução das diferentes etapas do teste molecular.

O Ministério de Saúde conta com uma rede de 22 LACENs: AC, AL, AP, AM, BA, CE, DF, ES, GO, MS, MG, PA, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP e SE. Nos próximos meses, a tecnologia será transferida para os outros laboratórios, somando as 27 unidades equipadas para a realização da técnica de biologia molecular.

Nenhum comentário:

Postar um comentário