Depois de mais uma morte, DMTU interdita acesso de veículos no "Semáforo da Morte" em Marabá

A incompetência governamental costuma cobrar um preço alto. Muitas vezes, este preço é pago com vidas. A gestão anterior em Marabá permitiu que uma obra de grande envergadura como a duplicação da Transamazônica, que deveria ser um alívio para o trânsito caótico da cidade, acabasse se transformando em fonte interminável de problemas.

As marginais são estreitas demais e - pasmem! - são vias de mão dupla!

Retornos foram colocados em locais com declive acentuado. O coitado do motorista que tenta fazer o retorno não tem qualquer visibilidade em relação aos veículos que vêm pela reodovia. 

A obra foi entregue sem NENHUMA ILUMINAÇÃO, tornando duplamente perigoso trafegar à noite pelo local.

Ou seja, uma obra com um rosário de erros.

Para completar, a Folha 33 foi literalmente isolada com a retirada do projeto de um viaduto previsto para garantir acesso dos moradores à Folha 32.

Como remendo, criou-se um acesso com semáforo e são tantos e tão graves os acidentes que já foi batizado de “Semáforo da Morte”.
Depois de mais um acidente com vítima fatal no cruzamento maldito moradores e autoridades se reuniram nesta quarta-feira (7) para tentar encontrar uma forma de interromper a sequência de acidentes no local e a partir da reunião realizada com representantes da Associação de Moradores da Folha 33, Emmett Alexandre, diretor do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), determinou a interdição, a partir desta quinta-feira (8), do acesso que permitia a travessia de veículos entre aquela Folha e o Terminal Rodoviário. A área é considerada crítica pelo DMTU.

Segundo o diretor do DMTU, apesar do perigo potencial para os moradores, o maior índice de ocorrências no local não envolve atropelamento de pedestres. São os constantes acidentes entre veículos que ocupam o primeiro lugar nas estatísticas do órgão de trânsito municipal.
De acordo com o capitão, a rotatória vai ficar interditada por 15 dias até que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) atenda as reivindicações da comunidade. “Depois disso vamos entregar a responsabilidade a este departamento porque se trata de uma rodovia federal. Aqui, qualquer alteração que venha a ser feita pelo município necessita da autorização do DNIT”, disse Emmett, lembrando que já existe recurso para a construção de um anel viário ali, mas que alguma alternativa provisória deve ser buscada.
A proposta paliativa feita pelo DMTU é a colocação lombadas com sonorização 100 metros antes do semáforo nos dois sentidos. Enquanto estiver interditada, a travessia de veículos terá que ser feita 300 metros adiante do local.