8 de janeiro de 2013

Day-Lewis rejeitou diversas vezes o papel de "Lincoln", revela Spielberg durante premiação

Ao entregar para Daniel Day-Lewis o prêmio de melhor ator do New York Film Critics Circle, a influente associação que reúne os críticos de cinema da Big Aple, por sua interpretação do 16º presidente americano em "Lincoln", o diretor do filme, Steven Spielberg, leu em voz alta uma carta enviada a ele pelo ator dez anos antes recusando o papel. As informações são do jornal Hollywood Reporter.
Spielberg passou dez anos perseguindo o roteiro perfeito para contar a história de Abraham Lincoln. E uma de suas motivações foram as repetidas recusas de Day-Lewis em interpretar o personagem. Em um trecho da primeira carta do ator, ele escreve: "Neste caso, por mais fascinado que eu esteja por Abe, foi a fascinação de um espectador grato que me motivou a ver esta história contada, mais do que a de um participante".
Spielberg, então, pediu para reescrever totalmente o primeiro roteiro, que foi enviado novamente para Day-Lewis - e uma nova carta recusando o papel foi a resposta. Em seguida, Tony Kushner ("Munique") foi acionado e, mais uma vez, o roteiro foi completamente reescrito.
O primeiro tratamento dessa nova versão assinada por Kushner tinha 500 páginas. Depois de muito polimento, foi esse o roteiro, que centra foco na aprovação da 13ª emenda constitucional norte-americana, usado no filme.
O filme recebeu outras sete indicações ao Globo de Ouro, prêmio considerado por muitos como uma espécia de prévia do Academy Awards, o Oscar. A Academia divulga nesta quinta-feira (10) a relação dos nomeados que participarão da grande festa de fevereiro. O bom desempenho de Lincoln fez crescer a expectativa em torno dos três principais concorrentes: Argo, de Ben Afleck, que conta a tentativa de resgate de reféns no Irã dos aiatolás; Django Livre, visto por alguns como a obra-prima de Quentin Tarantino e este majestoso Lincoln, de Spielberg.

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