A percepção da corrupção no setor público do Brasil vem melhorando ligeiramente ano a ano, mas o problema ainda é endêmico no país, na avaliação de um representante da ONG Transparência Internacional.
A organização divulgou nesta quarta-feira (5) um ranking global de percepção da corrupção no setor público que coloca o país em 69º lugar entre 176 países pesquisados. Ano passado, o Brasil ocupava a 73ª posição neste ranking.
O ranking é liderado pela Dinamarca, que tem a menor percepção de corrupção do mundo, seguida de Finlândia e Suécia. A Somália é o país com a mais alta percepção de corrupção, segundo a Transparência Internacional (TI). O fato de o Brasil ocupar posições intermediárias no rankings de corrupção reflete bem o que está acontecendo no país: há muitos casos de corrupção, mas também muitas ações para combatê-la.
De qualquer jeito, o Brasil ainda tem muito o que avançar no índice da corrupção, para se aproximar dos países que ocupam os primeiros lugares, como Nova Zelândia, Dinamarca e Finlândia e Suécia, e se afastar de seus 'vizinhos' no ranking, como Tunísia e China.
Combater a corrupção no país significa reduzir um custo estimado entre 1,38% a 2,3% do PIB, isto é, de R$ 50,8 bilhões a R$ 84,5 bilhões por ano, de acordo com um estudo feito pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) com base no PIB de 2010.
O menor valor daria para arcar com o custo anual de 24,5 milhões de alunos das séries iniciais do ensino fundamental ou comprar 160 milhões de cestas básicas ou ainda construir 918 mil casas populares.
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