Caso Maurino - No TJ/PA, relator declara-se suspeito. Novo relator é indicado.

A Câmara Municipal de Marabá interpôs recurso de Agravo de Instrumento, junto ao Tribunal de Justiça do Pará para tentar cassar a decisão da Juíza Maria Aldecy de Souza Pissolati, que concedeu liminar em Mandado de Segurança proibindo o afastamento preventivo de Maurino Magalhães e impedindo o funcionamento regular da Comissão Parlamentar de Inquérito.
O processo (nº 2012.3.026530-3) foi distribuído na sexta-feira (9) à 3ª Câmara Cível Isolada e por sorteio foi indicado o desembargador Leonan Cruz para relatar o feito. Esperava-se para hoje (13) alguma manifestação do magistrado no sentido de acatar as razões do Agravo, mas, Leonam considerou-se suspeito e declinou de relatar e julgar o feito. Em seu despacho o desembargador afirma apenas que "por motivo de foro íntimo, nos termos do artigo 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil (CPC), dou-me por suspeito para relatar e julgar o feito. Publique-se.Cumpra-se. Belém, 13 de novembro de 2012. Des. Leonam Gondim da Cruz Junior - Relator.
Com a suspeição de Leonam, foi indicado, hoje mesmo, como novo relator do caso o desembargador Roberto Gonçalves de Moura que deverá despachar ainda esta semana.
Caso seja provido o Agravo, a liminar concedida pela juíza de 1º grau será cassada e a Câmara Municipal poderá, enfim, defenestrar o quase ex-prefeito Maurino Magalhães, que apega-se ao cargo com a tenacidade de uma criança ao seio da mãe. De toda a sorte, a novela de péssimo gosto protagonizada por Maurino aproxima-se de seu final. Ainda que não seja afastado pela Câmara, a atuação pífia do quase ex-gestor foi julgada nas urnas. Nas eleições de outubro, Maurino terminou em terceiro lugar e a partir de 1º de janeiro, João Salame Neto, o prefeito eleito, terá a tarefa de fazer os munícipes esquecerem as estrepolias de Maurino e virar definitivamente esta página triste da história de Marabá.