Acabo de mandar à lixeira uma quantidade razoável de comentários relacionados à disputa em Belém travada entre Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB). Todos contendo ofensas impublicáveis. Uma pena. Aqui tolera-se a divergência desde que com a boquinha lavada, vocês sabem.
Mas, acredito ser necessário esclarecer, de novo, a posição que assumi em relação às eleições em Belém.
Estivesse em Belém - e obrigatório o voto - pela primeira vez deixaria de votar e iria para a praia. Já disse mais de uma vez: Belém escolhe entre o Demo e o Coisa Ruim. Os dois candidatos não representam qualquer avanço e sinalizam o momento pobre que vive a política em Belém.
Por fim como todos sabem, este blog - desde sua primeira postagem - tem compromisso com a CRIAÇÃO DOS ESTADOS DO CARAJÁS E TAPAJÓS. Apenas contorcionismos teóricos indignos de quem tem mais de dois neurônios em funcionamento, serão capazes de demonstrar que a vitória de Edmilson ou Zenaldo tenham alguma relevância para esta luta. Ambos foram (e são) contra a criação dos dois estados.
Zenaldo significa dar a Jatene a tutela sobre a capital com seu milhão de votos e orçamento bilionário; Edmilson é a síntese do obscurantismo incorporado pela seita, nominada como partido, que integra. Um pelo outro não quero troco!
Mas esta eleição, como todas as demais, tem algo a ensinar. E eis a lição: NADA DE BOM PARA CARAJÁS VIRÁ DE BELÉM.
Com Zenaldo ou Edmilson a prefeitar Belém, todos os carajaenses deveremos ter claro que a disputa pela construção do novo estado passa por eleger em 2014 uma grande bancada estadual e federal comprometida com esta luta e, quem sabe, apresentar uma candidatura de Carajás e Tapajós ao governo do Pará, capaz de contar a todos os paraenses nossa história, que mistura abandono e descaso com força empreendedora e coragem para enfrentar desafios. As dificuldades para elaborar este cenário são imensas. O próprio sistema eleitoral do País é um empecilho enorme, mas depende de nós - e de nossas escolhas - construir as alternativas para nosso futuro. E vamos em frente, porque a luta é grande e temos um novo estado para construir!
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