7 de agosto de 2012

Greve da PF - Por reajuste, reestruturação e saída de diretor, PF vai à greve

Os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal em Belém, Altamira, Marabá, Santarém e Redenção aderiram ao movimento de reivindicação a partir das 9h desta terça-feira (7). A paralisação é nacional e deve acontecer até sexta-feira (10), mas pode tornar-se greve por tempo indeterminado.
O mesmo acontece em Goiás, Mato Grosso e em outros 23 estados e no DF. Apenas o Rio de Janeiro não aderiu ao movimento. Os policiais entregaram simbolicamente armas e distintivos. Nos aeroportos estão sendo realizadas "operações-padrão" o que deve tornar ainda mais lenta a liberação de passageiros e bagagens em vôos internacionais. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federias (Fenapef), 70% dos policiais estão paralisados, para respeitar ao limite mínimo de 30% e evitar a declaração de ilegalidade do movimento.
Amanhã, quarta-feira (8), os policiais participam da Marcha pela Reestruturação, que acontece em Brasília/DF. O movimento vai sair da sede da Polícia Federal a caminho do Ministério da Justiça, onde será novamente pedida a saída do Diretor-Geral da PF, Leandro Daiello Coimbra. Este ato é nacional e conta com policiais federais do DF e de outros Estados. Parte dos grevistas permanece em Goiânia realizando panfletagem.Na quinta-feira (9), os policiais federais goianos realizam uma passeata em Goiânia e contam com a participação de outros grupos de servidores em greve. O trajeto, horário e demais participantes ainda estão sendo definidos.
Já na sexta-feira (10), os grevistas em Goiás fazem protesto no Aeroporto Santa Genoveva e realizam nova assembleia para definir os rumos do movimento.
No Pará, os grevistas ainda não divulgaram um calendário de atividades.
“Tentamos evitar, mas desde 2010 que negociamos com o governo federal e não conseguimos nenhum resultado. Amanhã está previsto para os delegados entrarem em greve também”, disse Roger Barros, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Pará.
Os policiais lutam por uma reestruturação na carreira, melhores condições de trabalho, principalmente no interior além de reajuste salarial. “Vários coletes foram comprados pelo governo e não veio nenhum feminino. Como podemos garantir a segurança das mulheres que fazem parte da equipe? Esse é apenas um exemplo das dificuldades que enfrentamos”, sinalizou Roger.
Desde as 9h30 de hoje, na sede da Polícia Federal, na avenida Almirante Barroso, em Belém, todos os grevistas começaram a entregar suas armas, já que nenhuma operação será realizada. “É uma greve pacífica e vamos manter os serviços básicos. Os pedidos de emissão de passaportes que estão agendados para hoje serão atendidos. Quanto aos atestados de antecedentes criminais vai depender da justificativa e urgência dessa emissão”, explicou o presidente do sindicato.
Amanhã, a partir das 15h, será realizada uma reunião em Brasília, com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Dependendo dos rumos da reunião a greve pode até ser suspensa, mas se for para continuar nos enrolando, não terá acordo”, ressaltou Barros.

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