Ele chegou ao Senado por volta das 9 horas e, logo após prestar o juramento tradicional, deixou o plenário. “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, jurou o senador para os quatro parlamentares presentes: Ciro Nogueira (PP-PI), que presidia a Mesa; Ana Amélia (PP-RS); Roberto Requião (PMDB-PR) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).Antes da posse oficial, Wilder de Morais entregou ao presidente da sessão, Ciro Nogueira (PP-PI), o original do diploma de primeiro suplente e os demais documentos exigidos por lei para que pudesse ser oficializado no lugar de Demóstenes Torres.
Empresário, Wilder Pedro de Morais, é dono da Orca Construtora e de shopping centers em Anápolis e Goiânia, entre eles o badalado Bougainville, no qual sua ex, Andressa Mendonça ganhou uma loja de langerie. Ele já assume o cargo com senadores cobrando informações publicadas pela imprensa de que teria sonegado bens na declaração do Imposto de Renda.
O senador também aparece nas gravações feitas pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Monte Carlo. Pelo menos uma conversa entre ele e o contraventor Carlinhos Cachoeira já se tornou pública.
De acordo com a Justiça Eleitoral, o empresário doou R$ 700 mil para a campanha de Demóstenes em 2010. Com tal valor, Wilder aparece como segundo maior doador de campanha do ex-senador.
Wilder de Morais foi casado com Andressa Mendonça, atual mulher de Carlinhos Cachoeira. Foi por causa da relação estreita com Cachoeira, flagrada em diálogos gravados pela Polícia Federal, que Demóstenes Torres perdeu o mandato, acusado de quebra de decoro parlamentar.
Demóstenes chegou a citar o suplente durante o depoimento no Conselho de Ética. Ao caracterizar sua amizade com Cachoeira, Demóstenes disse que ele discutia problemas conjugais, que culminaram com a separação de Andressa e Wilder de Morais.
Tanto o DEM quanto a CPI do Cachoeira já demonstraram interesse em ouvir explicações do senador.
Por conta dos rolos em que Wilder está envolvido, sua posse foi acompanhada de perto pelo segundo suplente do senador, José Eduardo Fleury.
Em caso de cassação do mandato de Demóstenes e da recusa em assumir o posto por parte do primeiro suplente, Wilder Pedro de Morais, é Fleury quem assume o mandato previsto para se encerrar no dia 31 de janeiro de 2019. O segundo suplente acompanhou a sessão no fundo do plenário em uma cadeira de rodas.
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