13 de julho de 2012

Caso do advogado assassinado no Carrefour, em Goiânia - Identificados os 3 três PM's envolvidos na morte de Davi Sebba


Finalmente, depois de uma semana do assassinato do advogado Davi Sebba Ramalho, foram identificados os três policiais militares envolvidos na desastrada ação policial. O advogado foi assassinado no estacionamento do Carrefour Sudoeste na última quinta-feira (5), em Goiânia. 
Conforme as informações encaminhadas para a Delegacia de Investigação de Homicídios, para os advogados da família de Davi Sebba e divulgadas pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO), os militares são da equipe do Serviço de Reservado da PM, também conhecido como Serviço de Inteligência (P2).
Os PMs que estavam na operação eram o tenente Ednailton Pereira de Souza e os soldados Luiz Frederico de Oliveira e Jonathas Atenevir Jordão. O inquérito, no entanto, não esclarece qual dos militares foi o autor do tiro que matou Davi Sebba. De acordo com o delegado que investiga o caso, Paulo Roberto Tavares de Brito, adjunto da DIH, os três policiais, que já prestaram depoimento à Corregedoria da PM/GO, agora serão ouvidos na segunda-feira (16), pela equipe da Divisão de Homicídios.
Segundo a PM, Sebba era traficante de drogas e teria reagido à abordagem policial. Familiares e amigos negam as acusações que já classificaram como "fantasiosas". A OAB/GO e parlamentares criticaram duramente a forma como foi conduzida a operação e colocaram mais pressão sobre o combalido secretário de Segurança pública de Goiás, João Furtado de Mendonça Neto. Em recente entrevista ao jornal O Popular, de Goiânia, o governador Marconi Perillo (PSDB) afirmou que "espera resultados positivos" da área de Segurança Pública. Comparando a Segurança com outras áreas, Marconi afirmou que vem cobrando de Furtado "o mesmo desempenho da Saúde e da Educação" e que "mudanças podem ocorrer" após o pleito de outubro deste ano, deixando claro que a permanência de Furtado no cargo parece conter um certo "prazo de validade".    
A PM de Goiás pleiteava que o inquérito tramitasse na Justiça militar, mas o "serviço reservado" da PM não tem sequer previsão legal e o feito tramitará na esfera civil.

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