7 de julho de 2012

CPI do Cachoeira ouvirá Pagot e Paulo Preto, arrecadador de Serra e Kassab

Tucanos de bela plumagem andam eriçados. Finalmente, Paulo Vieira de Souza, o "Paulo Preto", arrecadador das campanhas de José Serra. Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, será ouvido pela CPI do Cachoeira na próxima semana. Paulo Preto é apontado por Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do DNIT, como o responsável por pressionar o órgão a liberar termos aditivos irregulares que beneficiavam construtoras que atuaram no Rodoanel, entre elas a Delta, de Fernando Cavendish.
Em 2010, o desaparecimento de R$ 4 milhões dos cofres da campanha de José Serra causou profundo mal-estar na cúpula tucana. Agora, chegou a oportunidade de todos sabermos a origem dos recursos que abasteciam estes cofres.
Veja o que diz a Revista IstoÉ hoje (7).

O rodoanel chega à CPI


Integrantes da CPI do Cachoeira deram os primeiros sinais de sintonia com a opinião pública. Depois de mais de dois meses de sessões marcadas pelo silêncio e até pelo deboche de depoentes, os parlamentares aprovaram, na quinta-feira 5, uma série de convocações que poderão, finalmente, esclarecer como atuava a organização criminosa apontada pela Polícia Federal. Entre os chamados a depor está Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Quem também foi convocado a prestar esclarecimentos foi o ex-diretor do DNIT, Luiz Antônio Pagot. Em entrevista concedida à ISTOÉ em junho, Pagot disse que foi pressionado pelo governo de São Paulo, em 2010, a liberar aditivos irregulares a empreiteiras envolvidas na construção do eixo sul do Rodoanel. Entre elas, a Delta. De acordo com Pagot, empresários envolvidos no projeto lhe disseram que porcentagens das obras eram desviadas para as campanhas tucanas de José Serra e Geraldo Alckmin e para o prefeito Gilberto Kassab (PSD). Um dos que o teriam pressionado pela liberação dos recursos seria Paulo Preto, então diretor de engenharia da Dersa, empresa do governo paulista responsável pelo Rodoanel.
O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), comemorou a convocação de Paulo Preto. “O Pagot imputa ao Paulo Preto a prática de um crime”, afirmou Odair. Paulo Preto ganhou notoriedade depois que a então candidata do PT em 2010 à Presidência da República, Dilma Rousseff, citou o suposto desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha de José Serra num debate televisivo. Segundo reportagem de ISTOÉ, baseada em depoimentos de integrantes da campanha tucana, o dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto junto às empreiteiras e depois desaparecido. Outra importante resolução da CPI, durante a semana, foi a convocação de Fernando Cavendish, dono da Delta. Se abrir o jogo à CPI, Cavendish pode ampliar o alcance da investigação.

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